O pedido de ‘lay-off’ solicitado pela Portway como forma de enfrentar as dificuldades provocadas pelo surto de coronavírus irá afetar 1.744 trabalhadores da empresa de ‘handling’ pertencente a Vinci/ANA, revela a companhia em comunicado.
“A crise sanitária provocada pelo surto de Covid-19 atingiu severamente o setor da aviação, com uma paralisação quase total. No caso da Portway, empresa dedicada à prestação de serviços de assistência em escala (‘handling’ de passageiros, bagagens e mercadoria) e serviços aeroportuários, não se vão realizar 95% dos 4.830 movimentos previstos para abril. E nos aeroportos de Faro e Funchal, a operação será residual. Ainda assim, a Portway irá manter os serviços mínimos em todos os aeroportos, com particular ênfase nos serviços de carga que asseguram os abastecimentos críticos, em particular de equipamentos médicos e de proteção”, explica a empresa no referido comunicado.
Desta forma, a Portway confirma as previsões de quebra de tráfego aéreo em Portugal avançadas pela NAV para o mês de abril, entre os 85% e os 95% face ao período homólogo, como o Jornal Económico já havia avançado.
Segundo esse mesmo documento, “perante este cenário imprevisto, ainda sem um fim claro à vista, a Portway, à semelhança do que se tem verificado nas restantes empresas do sector da aviação, é forçada a tomar medidas, com carácter temporário, que permitam assegurar a solvabilidade financeira e liquidez da companhia até ao final do ano, com vista a manter os postos de trabalho e a expectativa de recuperação da empresa e da economia”.
“Assim informa-se que a Portway vai avançar com o pedido formal de adesão ao sistema de ‘lay-off’ simplificado, nas condições previstas pelo Governo para este período excecional”, acrescenta a administração da empresa, acrescentando que “esta medida é temporária e será implementada pelo prazo de um mês, com possível renovação até um total de três meses”.
A administração da Portway adianta que “são abrangidos 1.744 trabalhadores da Portway, nos seguintes termos: suspensão do contrato de trabalho para 69% de trabalhadores sem funções; e redução em 20% do período normal de trabalho para os restantes 31% de trabalhadores das equipas da operação que darão assistência aos movimentos estimados e equipas de suporte, assegurando os serviços mínimos definidos pelas necessidades dos nossos clientes e pelo gestor da infraestrutura aeroportuária, a ANA Aeroportos”.
“Estas medidas foram definidas com base nos serviços que têm obrigatoriamente que continuar a ser efetuados e serão reavaliadas durante o mês de abril, de acordo com a evolução da situação”, avança o referido comunicado, com a empresa a garantir que “tudo vai fazer para minimizar os impactos desta crise, a todos os níveis, e estará atenta a todas as possibilidades de reverter a atual situação”.
“A Portway agradece o contributo de todos os trabalhadores da companhia sempre disponíveis, quaisquer que sejam as circunstâncias, para manter uma operação com os elevados padrões de serviço e segurança a que habituámos os clientes”, conclui o comunicado desta empresa de ‘handling’.
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