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Praças europeias seguem em alta à espera da aprovação do plano fiscal de Trump no Senado

O principal índice português, PSI 20, negoceia a somar 0,57% para 5.416,49 pontos, impulsionado pelas valorizações da Pharol, CTT e BCP.
  • Reuters
18 Dezembro 2017, 14h02

A bolsa nacional segue a negociar em terreno positivo a meio de sessão esta segunda-feira, em linha com as praças europeias. O principal índice português, PSI 20, negoceia a somar 0,57% para 5.416,49 pontos, impulsionado pelas valorizações da Pharol, CTT e BCP.

A Pharol é a cotada que mais sobe, ao valorizar 2,23% para os 0,275 euros. Gualter Pacheco, trader da Gobulling – Banco da Carregosa, explica que a empresa está em alta depois de ter comunicado a sua discordância com o novo plano de recuperação judicial da operadora de telecomunicações brasileira Oi, da qual é um dos principais acionistas.

A destacar-se pela positiva, estão também os títulos dos CTT, que avançam 1,98% para os 3,345 euros. A impulsionar os ganhos da cotada está o anúncio da venda dos imóveis onde funcionava a antiga sede dos correios nacionais, em Lisboa, num valor global de 25 milhões de euros, indica Gualter Pacheco.

Em negociar no verde estão também o BCP (0,11%), a Sonae (1,12%), a Galp Energia (0,45%), a EDP Renováveis (1,61%), a NOS (0,83%), a Altri (1,16%), a Semapa (1,24%) e a REN (1,03%).

O trader da Gobulling – Banco da Carregosa salienta que, em geral, os títulos da bolsa nacional beneficiam da “subida do rating soberano de Portugal pela agência de notação financeira Fitch, que decidiu colocar Portugal dois níveis acima do patamar em que se encontrava”. Gualter Pacheco indica que isso está a contribuir para uma “negociação forte e sempre a subir”.

Pela negativa, destacam-se a EDP e a Jerónimo Martins. Gualter Pacheco afirma que a EDP está a ser penalizada pelo corte das tarifas de eletricidade, que vão recuar “pela primeira vez em 18 anos”. Além disso, os proveitos regulados da EDP Distribuição foram revistos em baixa em 14 milhões de euros, para 1.062 milhões de euros, nas tarifas para 2018 face à proposta preliminar apresentada em 13 de outubro pelo regulador.

Já a Jerónimo Martins “pode estar a ser pressionada pela questão polaca, de quererem limitar o número de horas que os hipermercados podem estar abertos ao domingo”.

As restantes praças europeias estão também em alta. O alemão DAX soma 1,59%, o francês CAC 40 avança 1,31%, o espanhol IBEX ganha 0,76%, o italiano FTSE MIB valoriza 0,85%, o holandês AEX sobe 0,71% e o britânico FTSE 100 negoceia a subir 0,48%.

Gualter Pacheco indica que, de uma forma geral, as praças europeias estão ser impulsionadas pelo fecho em alta e a bater novos máximos de Wall Street na passada sexta-feira. “Os futuros norte-americanos estão a negociar com ganhos e a abertura das bolsas dos Estados Unidos irá ser certamente em alta”, afirma o trader.

Do outro lado do oceano, Gualter Pacheco nota ainda que a discussão da versão final do plano fiscal do presidente norte-americano, Donald Trump, vai marcar o dia. “Há um grande otimismo em relação à aprovação do plano no Senado”, afirma.

No mercado petrolífero, o brent sobe 0,36% para os 63,46 dólares por barril e o crude WTI valoriza 0,40% para os 57,56 dólares.

No mercado cambial, o euro avança 0,38%, para 1,179 dólares, e a libra soma 0,52% para 1,339 dólares.

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