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Preço da gasolina em Angola duplica para 300 kwanzas com retirada gradual dos subsídios

“A Sonangol compra os derivados de petróleo ao preço do mercado internacional e vende-o nas bombas ao preço subvencionado, e não tem recebido, por dificuldades de tesouraria por parte do tesouro nacional, o valor desta subvenção”.
1 Junho 2023, 13h36

O Governo angolano anunciou hoje a retirada gradual de subsídios à gasolina, que vai passar dos atuais 160 kwanzas para 300 kwanzas/litro (de 0,25 euros para 0,48 euros), mantendo a subvenção ao setor agrícola e à pesca.

De acordo com o ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, as tarifas dos taxistas e mototaxistas vão ser subvencionadas, continuando os mesmos a pagar 160 kwanzas o litro da gasolina, cobrindo o Estado a diferença.

A medida entra em vigor à 01:00 (mesma hora de Lisboa) desta sexta-feira.

Manuel Nunes Júnior disse que a subvenção aos derivados de petróleo tem criado grandes problemas não só à Sonangol, petrolífera estatal, mas também às finanças públicas.

“A Sonangol compra os derivados de petróleo ao preço do mercado internacional e vende-o nas bombas ao preço subvencionado, e não tem recebido, por dificuldades de tesouraria por parte do tesouro nacional, o valor desta subvenção”, argumentou.

Em 2022, a subvenção aos preços dos combustíveis ascendeu cerca de 1,98 biliões de kwanzas, o correspondente ao câmbio atual a 3,8 mil milhões de dólares (3,5 mil milhões de euros).

“É uma medida necessária”, vincou Manuel Nunes Júnior, salientando que os seus efeitos vão ser vistos paulatinamente.

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