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Preços da eletricidade na Alemanha e França atingem novos recordes

À falta de gás da Rússia, junta-se agora a energia nuclear francesa cuja produção está em mínimos de 30 anos.
26 Agosto 2022, 15h30

Os preços da eletricidade na Alemanha e em França atingiram hoje novos recordes. O preço da eletricidade em França para o próximo ano superou hoje os mil euros, um novo máximo que significa que o preço da energia no hexágono subiu 10 vezes no espaço de um ano.

O contrato para 2023 subiu 19% para 1.075 euros por megawatt-hora na bolsa europeia de energia EEX, sediada em Leipzig na Alemanha, segundo dados da “Bloomberg”.

Já o contrato da eletricidade para 2023 na Alemanha disparou mais de 60% no espaço de uma semana e atingiu hoje os 920 euros por megawatt hora, outro recorde.

A contribuir para estas subidas está o facto de a EDF francesa ter anunciado que várias das suas centrais nucleares só vão retomar a sua produção mais tarde do que o esperado.

França é um dos maiores exportadores europeus de eletricidade, mas a produção este ano está em mínimos de três décadas. A disponibilidade dos reatores franceses está atualmente nos 42%.

Os preços já estão elevados depois de a Rússia ter diminuído o fornecimento de gás e existir o risco de uma maior diminuição no próximo inverno.

O disparo nos preços da energia está a provocar um disparo na inflação e a ameaçar o equilibro financeiro de milhões de famílias e empresas em toda a Europa.

Vários governos europeus começaram a limitar o uso de energia, tal como na Alemanha onde proibiram o uso de iluminação externa para os edifícios ou onde tem reduzido a temperatura dentro dos edifícios.

“As empresas estão a reduzir a produção à medida que lutam para conseguir acompanhar o aumento dos custos. A pressão inflacionário nos consumidores vai continua a subir à medida que mais pessoas que trabalham no sector industrial começam a ser despedidos”, disse Kesavarthiniy Savarimuthu, analista na BloombergNEF em Londres.

Entretanto, chegam notícias de que a Rússia está a queimar gás natural no valor de 10 milhões de dólares por dia.

A queima está a ter lugar numa central localizada junto à fronteira com a Finlândia, em Portovaya, a noroeste de São Petersburgo.

O gás está a ser queimado porque a Rússia não consegue vendê-lo, disse o embaixador alemão no Reino Unido à “BBC”.´

Diariamente, são queimados 4,34 milhões de metros cúbicos de gás, segundo dados da Rystad Energy, com os cientistas a estarem preocupados com a emissão de dióxido de carbono para a atmosfera.

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