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Preços das casas disparam 20% em Setúbal e Ponta Delgada

A nível nacional, o aumento foi de 4,9% em relação ao fim de 2021. Já o preço médio da habitação situou-se nos 2.123 eurosm2, com a cidade do Funchal a ser aquela onde menos tempo se demora a vender uma casa (três meses e meio).
11 Julho 2022, 14h34

As cidades de Setúbal e Ponta Delgada foram as capitais de distrito que registaram os maiores aumentos no preço das casas no primeiro semestre do ano, com subidas de 20,1% e 19,3%, respetivamente, segundo os dados revelados pelo portal “Doutor Finanças” em parceria com a plataforma de inteligência artificial “Alfredo” esta segunda-feira, 11 de julho.

A nível nacional, o aumento foi de 4,9% em relação ao fim de 2021, sendo que o preço médio da habitação situou-se nos 2.123 eurosma. A cidade do Funchal a ser aquela onde menos tempo se demora a vender uma casa (três meses e meio), contrastando com Portalegre onde o tempo de média para vender uma residência é superior a seis meses.

O distrito da Guarda continua a ter o preço médio mais barato (415 eurosm2), tendo registado uma quebra de 4,1% no preço de venda da habitação. Em sentido inverso e sem surpresas, Lisboa permanece como o município com o preço médio mais elevado (3.705 eurosm2), seguido seguida pelo Porto (2.223 eurosm2).

No que diz respeito aos apartamentos, o maior aumento dos preços foi registado em Évora (29%), que tem ainda a menor oferta de imóveis do país, dado que no mês de junho, havia apenas 79 imóveis disponíveis no mercado.

No tempo de espera para vender um apartamento, em Évora, esse período resume-se a 89 dias, sendo que no Funchal o tempo médio é de 83 dias. A nível nacional, o preço médio de venda de um apartamento é de 2.740 eurosm2, o que correspondeu a um aumento de 10,5%, este ano.

Por fim, nas moradias o valor médio de venda é mais baixo foi de 1.115 eurosm2, com um aumento este ano de 5%. Também aqui, Setúbal foi a capital de distrito com os maiores aumentos de preços (19% no último ano), enquanto Castelo Branco registou a maior quebra (29%).

Em relação ao tempo de espera para vender uma moradia demora no mínimo 133 dias, com Viana do Castelo a ser a capital de distrito onde mais depressa as moradias saem do mercado.

Os dados da Alfredo revelam um abrandamento no ritmo de subida de preços. No primeiro trimestre o aumento tinha sido de 3,5% face ao trimestre anterior e neste segundo trimestre do ano, o crescimento foi de 1,38%.

Gonçalo Abreu, co-fundador da plataforma Alfredo, explica que “o mercado português tem apresentado um grande dinamismo nos últimos anos, especialmente nos grandes centros urbanos. Para termos uma ideia, segundo dados do INE, no primeiro trimestre de 2022, o volume de negócios imobiliários residenciais em Portugal foi maior que o realizado na totalidade do ano de 2012, o pior ano em termos de volume desde 2008”.

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