[weglot_switcher]

Preços, juros e falta de mão de obra são os principais desafios das empresas, diz AEP

Presente no Fórum Portugal 2030, Luís Miguel Ribeiro, presidente da AEP, considera que as empresas enfrentam um conjunto de desafios, nomeadamente a inflação elevada, subida dos juros e a falta de mão de obra. Nesse sentido, defende, é preciso acelerar a execução dos programas comunitários para apoiar o tecido empresarial.
14 Fevereiro 2023, 10h52

Luís Miguel Ribeiro, presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP), alerta que as empresas enfrentam um conjunto de desafios que são preocupantes, nomeadamente a escalada da inflação, subida das taxas de juro mas também a falta de mão de obra, afirmando que é preciso acelerar a execução dos programas de fundos comunitários para apoiar o tecido empresarial.

“Se há coisas que não nos faltam são desafios para as empresas e para o país”, começou por dizer Luís Miguel Ribeiro no Fórum Portugal 2030, promovido esta terça-feira pelo Jornal Económico e pelo Novobanco no Museu Oriente, em Lisboa. Isto num painel focado nos principais desafios e oportunidades para as empresas.

“Temos assistido nos últimos dias a indicadores que nos demonstram que esta preocupação deve ser cada vez maior”, sendo necessário que “cada um assuma o seu papel”, frisou o presidente da AEP, apontando para a evolução dos preços em Portugal. A taxa de inflação homólogo fixou-se nos 8,3% em janeiro, segundo dados do INE.

Nesse sentido, é preciso perceber como será possível responder ao impacto da escalada da inflação, com impacto direto no rendimento disponível dos consumidores, “num país de micro e pequenas empresas em que o consumo privado pesa 62% do PIB”, nota o responsável, apontando também para a componente das exportações. “Temos o maior défice comercial desde que há registo no ano de 2022”, refere, frisando a necessidade de se apostar na indústria e no investimento.

Uma aposta que pode beneficiar da aplicação dos fundos comunitários. Mas a sua execução tem sofrido atrasos. “Temos o PT2030 que ainda não arrancou verdadeiramente. Temos o que falta executar do PT2020”, disse Luís Miguel Ribeiro, alertando que “é preciso sermos mais céleres e aprender com estes anos de execução dos programas comunitários”.

“Devemos aprovar projetos que tenham validade e depois ser rigorosos na fiscalização”, disse, notando que este “é o primeiro grande desafio para dar resposta aos indicadores e desafios”, nomeadamente a “inflação, aumento das taxas de juro e falta de mão de obra”.

“Se há um problema que o país tem e que vai ter muita dificuldade em dar resposta é a falta de mão de obra”, salientou o presidente da AEP, referindo que “há um problema de fixação dos mais jovens”. Para o responsável pela associação que representa as empresas, “sem pessoas não é possível dar resposta a estes grandes desafios”, sendo necessário resolver o problema demográfico “com muito foco e determinação”.

RELACIONADO
Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.