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Preguiça- Economia do corpo

Não percebo como é que a malta do antigamente, do meu tempo, continua a não entender o que é a vida dos jovens.
3 Fevereiro 2017, 19h03

Quando nos rotulam de “totós”, “cotas”, não devemos ficar constrangidos. E é verdade que muitos de nós exageramos, nas nossas antigas virtudes e escondemos, de baixo do tapete, as nossas malandrices de outrora. Mais humorísticas. Imaginativas, menos violentas, códigos éticos mais sinceros e sólidos. Talvez! Serem “gagos” ao proferirem palavras como: “obrigado”, “desculpe” e  “faça o Favor”, não é deficiência orgânica. Deixemo-nos de trêtas…a culpa é nossa, dos adultos.

Já estou a derrapar, para o estereótipo profissional e suas teorias pedagógicas. Séniores, com experiência da vida? (conheço muitos velhos tontos).

Basta de retóricas, vamos à minha especialidade. O corpo humano (escafandro/hardware) é preguiçoso, só se movimenta quando o nosso cérebro (software) o estimula. Somos uma máquina perfeita, mas precisa de se exercitar, de movimento. (Comprem um carro topo de gama, guardem-no na garagem, garanto-vos se não lhe derem utilização, não é o mesmo…fica enferrujado). Hoje, fruto de uma maior informação e formação, as pessoas já adquiriram hábitos de que eu denomino, práticas activas do corpo.

Fruto do meu maior tempo de observar (outros olhos de ver) permiti-me elaborar uma teoria “cientifica”…. A faixa etária dos 30 aos 50 anos, denomino, ”Hiato da preguiça física”. A faixa mais jovem “híper actividade motora” (não há nada que meta medo)

A fase da preguiça física tem várias razões lógicas. Apuramento dos sabores da vida. Solidificação da carreira profissional, familiar, social, aquisição de rotinas boas e más, conquistas, ganâncias, enfim uma imensa atividade neuronal. Enfim tempo de excelência para a preguiça física até que um dia…

– Já reparaste? Estás a ficar barrigudo

Ele pensa, mas não diz. (estás a ficar numa bola de Berlim, não te cuides, não…)

Este trocadilho fala-pensamento, por vezes funciona como um “click” e descambam em exageros dietéticos e físicos perigosos. Na 3ª idade, desculpem, idade Sénior (mais simpático) há como um despertar da preguiça e sabe bem ouvir…”olhem aquele velhote elegante, com certeza que pratica desporto..”

Caros economistas, preguiçosos em particular. Administrem bem as equações complexas do vosso corpo.

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