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Presidência Portuguesa da União Europeia quer fechar negociações da PAC

Maria do Céu Antunes explicou aos membros do Conselho Europeu da Agricultura e aos deputados do Parlamento Europeu que “esta reforma permitirá construir uma agricultura mais verde e resiliente, com rendimento para o produtor e preços justos para o consumidor”.
26 Janeiro 2021, 19h56

A conclusão do processo de negociações da PAC – Política Agrícola Comum é considerada a máxima prioridade para Maria do Céu Antunes no âmbito da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia (UE), que se iniciou a 1 de janeiro passado e se vai prolongar até 30 de junho próximo.

Ao presidir ontem, dia 25 de janeiro, ao Agrifish, Conselho Europeu da Agricultura e Pescas, através de uma videoconferência, a ministra da Agricultura elegeu essa meta, um objetivo em que insistiu esta terça-feira, dia 26 de janeiro, perante os eurodeputados pertencentes às comissões de Agricultura e do Desenvolvimento Rural e do Ambiente, da Saúde Pública e da Segurança Alimentar.

“Este é o tempo de agir. Por isso, pretende contribuir para a recuperação europeia, após esta crise sanitária, da forma mais justa e inclusiva possível, e que, essa recuperação, que todos desejamos rápida, tenha por base três eixos essenciais: uma Europa mais Justa, uma Europa mais Verde e uma Europa mais Digital”.

Segundo um comunicado do Ministério da Agricultura, Maria do Céu Antunes, “destacou, ao longo destes dois dias, que a conclusão das negociações da Reforma da Política Agrícola Comum (PAC) é uma das principais prioridades da Presidência Portuguesa do Conselho da União”.

“Esta reforma permitirá construir uma agricultura mais verde e resiliente, com rendimento para o produtor e preços justos para o consumidor”, garantiu a governante.

Além da conclusão das negociações da PAC, a ministra da Agricultura sublinhou ainda três outras prioridades da Presidência Portuguesa da UE: o desenvolvimento rural, para reforçar o papel da agricultura no combate ao abandono dos territórios e desenvolver práticas sustentáveis e biológicas; e a segurança alimentar, reforçando a suficiência alimentar europeia, “de mãos dadas com bem-estar animal e saúde vegetal e a inovação, apostando na digitalização do sector agroalimentar, promovendo o uso mais sustentável dos recursos”.

“Estamos a trabalhar para ter uma agricultura mais ecológica e mais resiliente, que seja um dos pilares essenciais para alcançar a meta de ter a Europa como o primeiro continente climaticamente neutro em 2050”, assumiu a ministra portuguesa da Agricultura.

Maria do Céu Antunes sublinhou ainda que os desafios colocados pelo atual contexto de pandemia, são muitos, “em particular a necessidade de garantir o abastecimento de bens alimentares à população, de forma regular e a preços acessíveis”, relevando também o papel de todos os agricultores e a importância da União Europeia.

“Apesar de todas as dificuldades acrescidas pelas regras de saúde pública, os nossos agricultores não pararam e conseguimos manter o abastecimento alimentar para os 450 milhões de consumidores europeus. Esta é, só por si, uma prova ímpar de força desta nossa União e dos nossos produtores”, assinalou.

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