[weglot_switcher]

Presidente da ADSE diz que “aumentos não são simpáticos, mas não se podia manter a falta de acesso”

A revisão dos preços do regime convencionada da ADSE “não é simpática” para os beneficiários, mas presidente do sistema justifica revisão com necessidade de reforçar atratividade para médicos e atos.
3 Abril 2023, 09h14

A presidente do conselho diretivo da ADSE admite que os aumentos para os beneficiários resultantes da recente atualização da tabela de preços do regime convencionado “não são simpáticos”, mas sublinha, em entrevista ao “Público”, que “não se podia manter a falta de acesso” aos cuidados de saúde nesse âmbito, já que os anteriores valores não estavam a ser suficientemente convincentes para manter para os prestadores.

“Ao longo de 2022, verificou-se que os preços que fixámos em 2021 não estavam a ser suficientemente convincentes para os prestadores e havia uma tendência para o regime livre. Tivemos que, em 2023, fazer uma actualização da tabela [do regime convencionado] que teve duas vertentes: uma actualização transversal relacionada com a inflação e, paralelamente, uma correção dos preços de um conjunto de atos específicos que estávamos a verificar que não estavam a dar certo. Alguns [aumentos] foram significativos. Compreendemos que aumentos para os nossos beneficiários não são simpáticos, mas também nos parece que não se podia manter a falta de acesso dos beneficiários a esses cuidados de saúde [no regime convencionado]”, salienta Maria Manuela Faria.

Convém explicar que no regime livre os beneficiários assumem o custo e a ADSE reembolsa uma parte. Já no regime convencionado, as convenções até chegaram a aumentar com as alterações feitas em 2021, mas ao longo de 2022 vários médicos e atos foram saindo, obrigando os beneficiários a recorrer ao regime livre. Foi por isso que a tabela de preços foi revista a 1 de março de 2023, com impactos no bolso dos beneficiários de 7,7 milhões de euros e de 27 milhões nas contas do sistema, destaca o “Público”.

RELACIONADO
Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.