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Presidente da AMP diz que impacto financeiro da pandemia na STCP será pago pelo Estado

O presidente da Área Metropolitana do Porto (AMP) disse hoje que as “responsabilidades deficitárias” fruto da pandemia da Covid-19 na operação da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) serão assumidas pelo acionista Estado.
18 Maio 2020, 21h49

“Não haverá nenhuma afetação financeira aos [seis] municípios devido à Covid-19 (…). As responsabilidades deficitárias fruto da Covid-19 na operação da STCP serão assumidas pelo acionista Estado”, disse Eduardo Vítor Rodrigues que falava esta tarde na reunião de Câmara de Vila Nova de Gaia, município onde é presidente.

Os sindicatos dos motoristas manifestaram, a 8 de maio, preocupação com as consequências para a intermunicipalização dos transportes na AMP.

O porta-voz das organizações sindicais de motoristas, Jorge Costa, disse ter recebido do presidente do município de Valongo, José Manuel Ribeiro, uma cópia de um “ofício que foi enviado a todos os presidentes de câmara na sequência do buraco financeiro que a crise provocada pela Covid-19 abriu” na STCP.

No ofício a que a Lusa teve acesso, o autarca expressa preocupação pela situação financeira da empresa depois da informação recolhida numa reunião a 28 de abril com o conselho de administração da STCP.

Posteriormente a STCP, a 9 de maio, disse que os impactos financeiros relacionados com a pandemia de Covid-19 já foram reportados ao acionista Estado, garantindo que esses constrangimentos não têm implicações no novo contrato.

Esta tarde, numa reunião de câmara que decorreu por videoconferência, o socialista Eduardo Vítor Rodrigues foi questionado pela oposição PSD nesta autarquia sobre esta situação, tendo confirmado saber, enquanto AMPorto, que a pandemia criou “quebra de receita”, falou em 7.000 passes comprados em abril face aos 200 mil habituais, mas garantiu que tem mantido “diálogo” com a tutela.

“Agora fica evidente, para quem duvidava, a necessidade de um modelo metropolitano [de transportes]. Tenho mantido frequentes contactos com o conselho de administração [da STCP] e com o senhor ministro e secretário de Estado. Há, e é público, um problema acrescido porque um dos seis municípios está a suscitar, legitimamente, a revisão do processo e o pior que podia acontecer era um bloqueio, mas temos documentos e reuniões que me dão confiança de que não temos de duvidar que teremos a situação [da perda de receita] pela Covid-19 resolvida por via do Governo”, descreveu.

A STCP é a empresa que gere transportes coletivos na Área Metropolitana do Porto, estando em curso um processo de municipalização por parte dos concelhos do Porto, Matosinhos, Vila Nova de Gaia, Gondomar, Maia e Valongo.

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