[weglot_switcher]

Presidente da Câmara de Braga vai referendar a venda do Estádio Municipal

Ricardo Rio anunciou hoje que vai promover um referendo local sobre a possível venda do Estádio Municipal de Braga. Infraestrutura custou 165 milhões de euros, dos quais falta pagar cerca de 30, mais 20 milhões resultantes de processos judiciais em curso.
  • Estádio Municipal de Braga, apadrinhado como “Pedreira”
11 Fevereiro 2019, 17h15

O presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, anunciou hoje que vai promover um referendo local para saber a opinião dos bracarenses sobre a hipótese de venda do Estádio Municipal de Braga. De acordo com o jornal “O Minho”, o referendo deverá realizar-se após as eleições legislativas agendadas para outubro de 2019.

O objetivo de Rio consiste em perguntar aos munícipes se são a favor ou contra a alienação do Estádio Municipal de Braga. “Em conferência de imprensa na sede do município, Rio disse que a penhora recente às contas bancárias municipais devido a uma decisão judicial sobre obras no estádio, em 2003 (4,1 milhões de euros), e que fica resolvida esta semana, foi no fundo como que ‘a gota de água’ para avançar com a possibilidade de venda, colocando a decisão nas mãos dos munícipes”, informa o mesmo jornal.

“Rio explicou que a alienação permitirá estancar o enorme fluxo de verbas para pagar o custo da construção do estádio, que custou 165 milhões euros, dos quais falta pagar cerca de 30, mais 20 milhões de processos judiciais em curso”, salienta.

O Estádio Municipal de Braga é utilizado pelo Sporting Clube de Braga que, para o efeito, paga uma renda mensal de cerca de 500 euros. Na conferência de imprensa, Rio garantiu que o protocolo que permite ao clube o uso do estádio até 2030 será respeitado.

Rio disse também que “o atual executivo, no poder desde novembro de 2013, pagou já mais de 90 milhões de euros de dívidas, do estádio, da parceria-público-privada dos relvados desportivos (rendas da empresa SGEB- Sociedade Gestora dos Equipamentos Desportivos, de devolução de fundos comunitários e de processos judiciais: ‘Em cinco anos, um ano de receitas do orçamento foi para pagar as dívidas’, declarou”.

“Os 4,1 milhões que a Câmara agora vai pagar prendem-se com ‘trabalhos a mais’ feitos pelo ACE para que o estádio ficasse pronto em dezembro de 2003. Além deste montante, o Município vai ter de pagar mais 1,5 a dois milhões por ‘horas extraordinárias’ e enfrenta a possibilidade de ter de desembolsar mais oito milhões de outro processo da ASSOC/Soares da Costa que se encontra em recurso no Tribunal Administrativo do Norte”, explica o jornal “O Minho”.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.