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Presidente da Câmara do Funchal desafia Estado a assumir custos do desenvolvimento tecnológico da região

Na abertura do evento #CREATEFUNCHAL, no Teatro Municipal Baltazar Dias, no qual o secretário de Estado da Economia, João Neves, marcou presença, Pedro Calado relembrou alguns investimentos que o Governo Regional tem efetuado, “a expensas próprias”, como o lançamento do cabo submarino, aproveitando a presença do secretário de Estado para “sensibilizar” o Governo da República a assumir, juntamente com a Madeira, os custos do desenvolvimento digital da região.
27 Maio 2022, 13h34

O Presidente da Câmara Municipal do Funchal (CMF), Pedro Calado, frisou as conquistas da cidade do Funchal e da região no âmbito do desenvolvimento tecnológico e digital, aproveitando para “sensibilizar” o Estado a assumir, com a região, os custos deste desenvolvimento.

Na abertura do evento #CREATEFUNCHAL, no Teatro Municipal Baltazar Dias, no qual o secretário de Estado da Economia, João Neves, marcou presença, Pedro Calado relembrou alguns investimentos que o Governo Regional tem efetuado, “a expensas próprias”, como o lançamento do cabo submarino, aproveitando a presença do secretário de Estado para “sensibilizar” o Governo da República a assumir, juntamente com a Madeira, os custos do desenvolvimento digital da região.

Além disso, o autarca quis garantir a continuidade do trabalho feito em prol do desenvolvimento tecnológico, um trabalho que visa “ouvir, pensar, discutir, planear, o que queremos para o Funchal, em termos de investigação e ciência”, bem como nas áreas que lhes estão associadas.

Nesse sentido, o presidente da CMF, adiantou que “há muito por pensar e muito por fazer”, sendo este “o momento certo” para ta acontecer. Nestas áreas, o Funchal encontra-se preparado e está mesmo “à frente”, considera, salientando não só o desenvolvimento existente em tecnologias, tal como as “boas parcerias” existentes com a autarquia, inclusive com o Governo Regional, já que “não se pode pensar uma cidade como o Funchal se não tivermos em linha de conta os investimentos que estão a ser preparados e realizados na Região”, frisou.

Assim, Pedro Calado alerta para a importância de não isolar a região digital e tecnologicamente. Felizmente, embora a Madeira não tenha uma grande capacidade de produção e exportação de bens, tem, contudo, “uma capacidade infindável de produzir serviços, usando as tecnologias e trabalhando para todo o mundo”, pelo que estes serviços devem ser potenciados, mencionando neste sentido a afluência de nómadas digitais.

No entanto, o autarca quis garantir que o Funchal não se vai tornar uma cidade “fundamentalista”, seja em que área for, porque “o desenvolvimento tecnológico não pode passar à frente das que são as grandes necessidades das pessoas”, vinca, acrescentando que “estamos aqui para governar para as pessoas e com as pessoas”.

O presidente da CMF destacou ainda projetos da autarquia nesta área, nomeadamente no Centro Cultural e de Investigação (antigo Matadouro), que alia a cultura ao desenvolvimento tecnológico, nomeadamente a robótica e egames, como forma de atrair jovens e empresas, bem como novos projetos em associação com a Universidade da Madeira. Contudo, Pedro Calado não quis descurar da importância de garantir a integração plena, na sociedade, dos “menos jovens” nesta área.

O evento, decorrido esta sexta-feira é uma organização conjunta entre a CMF e o  Interactive Technologies Institute (ITI)e que aborda, ao longo de todo o dia, as grandes questões que se colocam na inovação e nas indústrias criativas, aliando ciência e investigação, bem como o desenvolvimento criativo e empresarial e políticas públicas.

 

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