O presidente da EP/Refer, António Ramalho, diz que não se justifica uma nova ligação rodoviária entre Águeda e Aveiro, reclamada por autarcas e empresários, porque as duas cidades já estão ligadas por autoestrada, a A1 e a A25.
“Águeda e Aveiro estão ligadas por duas autoestradas: basta apanhar a A1 e depois a A25”, disse António Ramalho aos jornalistas, no início de uma visita às obras de eletrificação do ramal ferroviário do porto de Aveiro.
O presidente da EP/FERER salienta que “Portugal neste momento é o segundo melhor país, avaliado pelos investidores, do ponto de vista rodoviário”, e não está disposto a “competir com Omã”.
Quanto ao pagamento de portagens que as empresas têm de fazer para utilizar as duas autoestradas para exportar pelo porto de Aveiro, Ramalho salienta que “o conceito de utilizador pagador é um conceito definitivo, e mesmo para as empresas seria pouco lógico que fossem os contribuintes a pagar o que é o transporte de mercadorias”.
O presidente da empresa, resultante da fusão da Estradas de Portugal com a REFER, diz ser sensível a políticas comerciais que “tenham em conta a movimentação”, mas socorreu-se de dados da Associação Nacional dos Transportadores (ANTRAM) para relativizar o custo das portagens para as empresas.
“As portagens representam um custo que anda à volta de 7% do custo total de transporte, em termos internacionais e em termos nacionais é ligeiramente menos. Estamos a falar basicamente num custo de transporte de infraestrutura ligado à autoestrada na ordem dos três a três e meio por cento sobre o custo da mercadoria, o que significa que, mesmo que se possa reduzir 10 por cento o preço, o bónus no produto final será de 0,35”, justifica.
OJE/Lusa