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Presidente da JSD vai levar ao Conselho Nacional proposta de aliança entre PSD, CDS-PP e IL nas autárquicas

O líder da “jota” social-democrata, Alexandre Poço, entende que a reunião do Conselho Nacional desta sexta-feira será útil para a discussão da proposta de uma frente de direita que apresentou para conter os “dogmatismos” da esquerda nas autárquicas de 2021.
25 Setembro 2020, 17h15

O presidente da Juventude Social Democrata (JSD), Alexandre Poço, vai levar ao Conselho Nacional do Partido Social Democrata (PSD) a proposta de uma coligação nacional à direita para as eleições autárquicas de 2021. O líder da “jota” social-democrata entende que a reunião do Conselho Nacional desta sexta-feira será útil para a discussão da proposta que apresentou para conter os “dogmatismos” da esquerda nas autárquicas.

Depois de ter apresentado uma carta aberta aos líderes do PSD (Rui Rio), CDS-PP (Francisco Rodrigues dos Santos) e Iniciativa Liberal (João Cotrim Figueiredo), pede aos órgãos nacionais do PSD, nomeadamente a comissão política nacional e o Conselho Nacional, que deliberem sobre a possibilidade de se unirem ao CDS-PP e Iniciativa Liberal, para formar uma aliança “centro-direita” para ir a votos nas autárquicas do próximo ano.

“Já com o feedback público quer do presidente do CDS-PP quer do presidente do Iniciativa Liberal, esta sexta-feira, nas reuniões dos órgãos nacionais do PSD – CPN [comissão política nacional] e Conselho Nacional – teremos a oportunidade de saber a opinião do Presidente do partido e dos dirigentes nacionais do PSD e continuar um debate necessário para o nosso futuro”, indica Alexandre Poço, num comunicado enviado às redações.

Na carta aberta enviada a todos os partidos à direita do PS, à exceção do Chega, Alexandre Poço defende que “o pior” que pode acontecer ao país “é ter um debate público e escolhas políticas extremadas”. “Um debate político em que todos os problemas são de resolução binária, onde só existe ‘o contra’ e o ‘a favor’, o ‘sim ou não’ e em que passamos demasiado tempo a discutir as intenções maliciosas dos nossos adversários”, considera.

“Precisamos de arrojo no combate aos extremismos e na construção de uma alternativa às esquerdas. Acredito que o centro-direita moderado e civilizado pode e deve agir, enquanto é tempo”, salienta, acrescentando que o país precisa “de políticas que diminuam as injustiças sociais, as assimetrias territoriais e que retirem pessoas da crónica pobreza, consagrando uma verdadeira igualdade de oportunidades”.

Em resposta à proposta do líder da JSD, o secretário-geral do CDS-PP, Francisco Tavares, salientou que o parceiro preferencial de coligação dos democratas-cristãos é o PSD e adiantou que o dossiê dos acordos para as autárquicas do próximo ano “está a ser acompanhado” pelas direções dos dois partidos. Já o Iniciativa Liberal desafiou o PSD a “candidatar os mais competentes de cada partido e não os maiores caciques” social-democratas.

A reunião do Conselho Nacional do PSD – que será a primeira desde que os seus membros foram eleitos no Congresso de fevereiro – está marcada para as 21h00, em Olhão. Antes dessa reunião, decorrerá, como é habitual, uma reunião da comissão política nacional.

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