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Presidente da Prio denuncia contrabando de combustíveis em Portugal

Em entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios, Pedro Morais Leitão diz que não entende porque é que o Intermarché continua a comprar combustível de contrabando e defende uma redução da carga fiscal para permitir uma descida dos preços.
  • A Prio tem uma rede de 240 postos de abastecimento
25 Fevereiro 2018, 10h52

O presidente da Prio, Pedro Morais Leitão, denuncia a existência de contrabando de combustíveis em Portugal e diz que a empresa sabe quem são os cinco operadores envolvidos na importação ilegal de combustíveis. Em entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios, Pedro Morais Leitão diz que não entende porque é que o Intermarché continua a comprar combustível de contrabando e defende uma redução da carga fiscal para permitir uma descida dos preços.

“[O contrabando de combustíveis] tem sido algo que nos tem prejudicado na relação com os nossos principais revendedores e estamos preocupados que já saibamos que há grandes empresas a apoiar essas importações e que essas empresas não assumam a sua responsabilidade”, afirma o presidente da empresa distribuidora de combustíveis. “Ainda se parece estar a discutir se estamos a falar ou não de contrabando e no nosso entendimento não há dúvida nenhuma de que é. Tal como no passado se fazia contrabando em Elvas, estamos aqui a fazer contrabando de combustíveis”, defende.

Pedro Morais Leitão aponta o dedo ao Intermarché por continuar a fazer importações ilegais de combustível de Espanha. “Achamos inaceitável que haja uma empresa grande a apoiar visivelmente essa atividade e não seja de alguma forma penalizada. Umas das empresas não têm sido identificadas publicamente e não são conhecidas do grande público. Agora o Intermarché é uma marca conhecida do grande público e isso já nos parece mais difícil de aceitar”, afirma o presidente da empresa.

“Formalmente, o Intermarché não está a cometer uma ilegalidade. Agora, a partir do momento em que sabe que as pessoas estão a ser acompanhadas, investigadas e multadas pelo regulador, o Intermarché tem de ter uma postura não pode simplesmente ignorar [a situação]. A verdade é que depois conseguem vender mais barato. Se todos furarmos as regras, todos conseguimos vender mais barato”, reitera.

Reconhecendo que os combustíveis em Portugal são caros, o presidente da Prio defende que o Governo deveria proceder a uma redução da carga fiscal para permitir uma melhor competitividade entre os revendedores de combustível.

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