Ana Trigo Morais, presidente da Sociedade Ponto Verde disse este domingo ainda não acreditar que seja possível cumprir na totalidade as metas europeias de reciclagem. Ou nos “despachamos e aceleramos ou teremos dificuldade em cumprir as metas”, sublinhou em entrevista A1/JNeg.
O setor da reciclagem precisa de mais indústria e tem capacidade para absorver esse investimento, salientou, adiantando que o parque existente atualmente já não é suficiente, havendo materiais que têm de ser reciclados no estrangeiro porque em Portugal não há empresas habilitadas.
A responsável pela Sociedade Ponto Verde defendeu igualmente que é preciso caminhar para um sistema em que cada cidadão paga por aquilo que se produz e a necessidade de transparência em todo o processo de reciclagem. As pessoas têm de saber o que estão a pagar na fatura da água para o tratamento dos resíduos urbanos, adiantou, acrescentando que seria vantajoso investir no sistema de recolha porta a porta e nos eco centros.
Admitiu que o aumento para o dobro da Taxa de Resíduos Sólidos – de 11 euros por tonelada para 22 – acabe por se repercutir no consumidor final, mas disse esperar que este aumento seja investido na eficiência do sistema.
Ao Parlamento pede mais transparência – “antes de legislar, converse com quem está no setor” – e legislação mais simples, que seja possível cumprir. Pede também uma autoridade reguladora para o setor dos resíduos.
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