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Presidente da Yupido garante que a empresa cumpriu todos os procedimentos legais

Em entrevista ao Jornal Económico, o presidente da Yupido – a empresa que tem um capital social de 28,7 mil milhões de euros – diz que vai colaborar com as autoridades para esclarecer todas as dúvidas, mas que tem a certeza de que “está tudo bem”.
11 Setembro 2017, 21h55

O presidente da Yupido, a empresa que se tornou famosa por ter um capital social de 28,7 mil milhões de euros, garante que todos os procedimentos legais foram cumpridos e que está a cooperar com as autoridades para esclarecer todas as dúvidas.

Em entrevista ao Jornal Económico, que será publicada na edição da manhã de 12 de setembro, Torcato Jorge afirma que todos os atos societários são públicos e foram aceites pelas autoridades competentes.

“A empresa foi constituída há dois anos e tanto o capital inicial como o aumento são do conhecimento público. Foi tudo publicado”, diz, apontando que “todos os procedimentos legais, tanto na constituição da empresa como no aumento de capital, foram cumpridos e aceites pelos órgãos competentes”.

A Yupido afirma-se como uma “startup tecnológica” e tem como característica ter um capital social que é nove vezes superior ao da EDP – Energias de Portugal, a maior empresa portuguesa cotada em bolsa, 62 vezes maior do que a capitalização bolsista do Banco Comercial Português (BCP) e equivalente a 15% do Produto Interno Bruto (PIB) de Portugal.

Este facto, quando conhecido, tornou a Yupido um dos tópicos mais quentes nas redes sociais.

A empresa foi constituída em julho de 2015, já com um capital social superior a 243 milhões de euros. O conselho de administração era – e é – constituído por duas pessoas: Torcato Jorge Caridade da Silva, presidente, e Cláudia Alves, vice-presidente.

O objeto social da empresa, amplo, indica, em primeiro lugar, que a sociedade se dedica à “prestação de serviços de consultoria para os negócios e gestão”, mas também tecnológica, de design ou de marketing.

Mas não só: inclui atividades como “desenvolvimento de serviços de informação, bem como gestão e tratamento de informação”, “processamento de dados”, ”domiciliação de páginas” ou “domiciliação de aplicações”, “computação em nuvem”, “programação informática”, “venda de software”, “serviços de contabilidade e auditoria”, “consultoria fiscal”, “design”, “relações públicas e comunicação, publicidade”, “serviços administrativos”, “recrutamento e seleção de pessoal, formação profissional”, etc.

A sociedade anónima tem sede no centro empresarial das Torres de Lisboa e, nos documentos de registo consultados pelo Jornal Económico, assim como no site, os 28,7 mil milhões de capital social estão bem claros.

Em entrevista ao Jornal Económico, Torcato Jorge diz que as investigações que estão a ser feitas pelas autoridades vão dissipar dúvidas.

“Está em processo uma análise para averiguar quais são as medidas que têm de ser tomadas pelo Ministério Público, pela Procuradoria-geral da República e pela Polícia Judiciária e isso é óptimo. Tenho a certeza de que no final da análise ou investigação – se existir – se vai concluir que efetivamente está tudo bem e nós vamos ganhar força com isso. As pessoas vão perceber que esta situação não é esquisita”, afirma.

“No final, tenho a certeza absoluta de que não vão ter nada a apontar”, sublinha.

A entrevista completa será publicada na edição diária digital do Jornal Económico de terça-feira, 12 de setembro.

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