[weglot_switcher]

Carlos Carreiras garante que “tudo” fará para impor cordão sanitário ao Chega em Cascais

O autarca quer que, em Cascais, onde André Ventura foi o segundo mais votado nas eleições presidenciais deste domingo, continue a haver uma coligação que se revê “na social democracia e na democracia cristã”, sem o Chega.
25 Janeiro 2021, 16h52

O presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, garantiu esta segunda-feira que “tudo” fará para impor um cordão sanitário ao Chega na autarquia a que preside. O autarca quer que, em Cascais, onde o líder do Chega, André Ventura, foi o segundo mais votado nas eleições presidenciais deste domingo, continue a haver uma coligação que se revê “na social democracia e na democracia cristã”, sem o Chega.

“Sou do PSD e oiço bem e para mim é claro, em Cascais tudo continuarei a fazer para que continue a haver Governo numa coligação PSD, CDS e Independentes que se revêm na social democracia e na democracia cristã, mas nunca com o Chega, que não fique dúvidas em ninguém”, escreveu o autarca de Cascais, no Facebook, em reação aos resultados eleitores das presidenciais deste domingo.

Cascais foi um dos distritos mais populosos do país onde André Ventura teve melhores resultados. O vencedor da noite eleitoral foi Marcelo Rebelo de Sousa, com 59,21% dos votos (54.340), mas, em segundo lugar, ficou André Ventura, com 14,53% (13.338 votos), ao contrário do que aconteceu a nível nacional em que a ex-diplomata e militante socialista Ana Gomes conquistou o segundo lugar.

Depois de ter ficado em terceiro lugar na corrida presidencial, com 11,9% dos votos, André Ventura avisou o PSD de que “não haverá Governo em Portugal sem o Chega”. “Não há segundas-vias depois desta noite. Hoje ficou claro em Portugal e para a Europa e para o Mundo que não haverá Governo em Portugal sem que o Chega seja parte fundamental. Não há volta a dar. PSD, ouve bem, não haverá governo em Portugal sem o Chega!”, gritou.

O candidato apoiado pelo Chega falou ainda de uma “noite histórica” em que conseguiu “criar uma avassaladora força antissistema” e esquerda foi “esmagada”.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.