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Presidente do BCP diz esperar que Sonangol “continue a ser uma boa parceira”

Questionado pela Lusa sobre possíveis mudanças na estrutura acionista, Nuno Amado recusou-se a fazer comentários.
17 Novembro 2017, 16h18

O presidente do Millennium BCP, Nuno Amado, disse hoje, a propósito das mudanças na administração Sonangol, que esta é uma “boa parceira” da instituição bancária e espera que “continue a ser”.

“A Sonangol está muito bem, produz petróleo em Angola e é uma boa parceira do BCP. Tem sido uma ótima parceria do BCP e espero que continue a ser”, declarou Nuno Amado, quando questionado pela agência Lusa sobre as alterações feitas pelo novo Presidente de Angola, João Lourenço, na gestão de empresas públicas angolanas, que incluíram a retirada da Sonangol e do canal público de televisão dos filhos do seu antecessor, José Eduardo dos Santos.

Isabel dos Santos, juntamente com a restante administração da Sonangol – Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola, foi exonerada das funções na quarta-feira por decisão de João Lourenço, que colocou no seu lugar Carlos Saturnino, até agora secretário de Estado dos Petróleos.

A Sonangol ocupa o segundo lugar na estrutura acionista do BCP, com 15,24% do capital, sendo apenas ultrapassada pelo grupo chinês Fosun, com uma participação de 25,16%.

Questionado pela Lusa sobre possíveis mudanças nesta estrutura, Nuno Amado recusou-se a fazer comentários.

O responsável, que falava à margem da conferência “Avanço da Economia Digital em Portugal”, que decorreu em Lisboa, frisou que “o banco [Millennium BCP] sempre foi inovador e sempre apostou na diferenciação e em ser moderno” e aludiu a exemplos como a “posição no ActivoBank ou pelo facto de muitas sucursais serem completamente diferentes, […] muito mais eficientes”.

“Também se vê ao nível das muitas coisas que temos colocado ao serviço dos nossos clientes, mas não tem sido suficiente”, admitiu.

Por essa razão, em 2018 o BCP vai “acelerar muito a mudança, quer do ponto de vista interno, quer no ponto de vista da relação com o cliente nas componentes digitais e de simplicidade”, vincou o presidente daquela instituição bancária.

Nuno Amado precisou que “entre 35% e 40% dos clientes usa o digital”, correspondente a 800 mil.

O objetivo é que esta percentagem aumente “de forma clara” no próximo ano, segundo o responsável, que não estipulou metas.

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