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Presidente do BPI diz que é preciso “encontrar soluções para moratórias agora, não em setembro”

O presidente do BPI diz encarar com “estranheza” o interesse do Novo Banco no Eurobic e defende que “não devíamos falar em setembro, mas sim agora” sobre o tema das moratórias.
  • O CEO do BPI, João Pedro Oliveira e Costa, fala durante a apresentação dos resultados de 2020 da instituíção bancária, na sede em Lisboa, 04 de fevereiro de 2021. TIAGO PETINGA/LUSA
17 Abril 2021, 09h36

João Pedro Oliveira e Costa, presidente executivo do BPI, considera que se deve avançar para um alargamento de prazos ou reestruturação de créditos. Em entrevista à TSF e ao Dinheiro Vivo, publicada este sábado, o banqueiro dá conta que ainda não existe ainda uma solução para a injeção de capital no Novo Banco, cujo interesse no Eurobic considera que provoca “estranheza”.

“As moratórias são um mecanismo com uma lógica de curto prazo e devem manter essa característica”, disse, considerando que não ser “aconselhável, quer para os bancos quer para os clientes, que possam registar-se incumprimentos ou imparidades ou até reestruturações” fora do quadro do sistema bancário europeu.

Para o presidente do BPI “não devíamos falar em setembro, mas sim agora” sobre o tema das moratórias. “O tema é encontrar soluções agora. Os empresários vivem de expectativas e confiança, não podemos ficar à espera de setembro para ver o que acontece”, frisou.

Questionado sobre como encara o interesse do Novo Banco no Eurobic, afirma ver “com bastante estranheza que alguém que está sob resolução, com esforço muito significativo dos principais concorrentes todos os anos, até 2046, entre numa posição de compra de outro banco. O meu sentimento é de estranheza”.

João Pedro Oliveira e Costa disse não comentar nada sobre decisões do CaixaBank, mas garante que a eliminação dos sete mil postos de trabalho conhecidos esta semana pelo CaixaBank “não vão chegar ao BPI”.

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