O presidente do banco central alemão, Jens Weidmann, avisou que os fundos governamentais devem ser utilizados como último recurso e em bancos que mostrem que se encontram saudáveis “no seu núcleo”. Patente, ficou o receio quanto à sustentabilidade do banco italiano, que é um dos mais velhos do mundo.
Em entrevista ao jornal Blid, Weidmann, que é também membro do Conselho de Governadores do Banco Central Europeu, frisou que aquando da utilização dos fundos governamentais é necessário existir um financiamento público correspondente, num cenário de elevada dívida pública.
Recorde-se que o parlamento italiano aprovou a possibilidade de Itália poder emitir 20 mil milhões de euros para ajuda estatal à banca e que o estado italiano já apoiou o Monte Paschi duas vezes depois da crise financeira.
Assegurar que sejam os investidores e não os contirbuintes a pagar a fatura dos bancos falidos é a receita sugerida por Weidmann. O presidente do Bundesbank salientou que as regras “devem proteger especialmente os contribuintes e responsabilizar os investidores. Os fundos governamentais devem ser apenas utilizados em último recurso.”.
Entre 2008 e 2014, os governos da União Europeia utilizaram cerca de dois mil milhões de euros em auxílios estatais para resgatar o sector financeiro.
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