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Presidente do Governo da Madeira pede processo de votação mais prático para a emigração

Em causa está a anulação de mais de 80% dos votos da emigração, nas legislativas.
14 Fevereiro 2022, 10h26

O presidente do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque, considera que o atual sistema de votação para os emigrantes é anacrónico. O governante diz que a situação tem de ser resolvida e pede um processo mais prático de modo a não levar a estas situações constrangedoras.

Na sequência de protestos do PSD, mais de 80% dos votos dos emigrantes no círculo da Europa foram considerados nulos, depois de a maioria das mesas eleitorais ter validado votos que não vinham acompanhados por uma cópia da identificação do eleitor, como a lei exige.

O Ministério da Administração Interna (MAI) classificou no passado domingo como “deplorável” a anulação de mais de 80% dos votos no círculo da Europa e salientou que não participou na reunião de delegados de candidatura que originou este caso.

Em reação à anulação deste votos, vindos da emigração, o presidente do Governo da Madeira sublinhou que se vive numa sociedade tecnológica mas que o atual processo de votação dos emigrantes possui um sistema para o séc. 19.

Albuquerque referiu que a situação “tem de ser resolvida”, e pediu nesse sentido um processo de votação “mais prático, para não levar a esta situações constrangedoras”.

O governante sublinhou que se fala das comunidades portuguesas nas grandes ocasiões mas depois não se faz nada “para facilitar a vida a estas comunidades, nem sequer no exercício básico do voto”.

Albuquerque diz que estes problemas decorrem do sistema “não funcionar bem porque é um sistema anacrónico”.

O presidente do Governo Regional da Madeira confirmou que vai estar presente na tomada de posse da novo Governo da República. Albuquerque sublinhou que “está sempre disponível para dialogar”, mas alertou que não vai aceitar “injunções e as prepotências do governo central”.

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