“A partir de agora tudo muda. Este momento é o vosso momento, pertence a todos vocês”. É oficial: Donald Trump tornou-se esta sexta-feira o 45º presidente dos Estados Unidos, numa cerimónia pública na escadaria do Capitólio, em Washington.
No discurso inaugural, o recém-empossado presidente garantiu que a lealdade ao povo norte-americano será a pedra basilar do mandato.
“O dia 20 de janeiro vai ser recordado como o dia em que o povo se tornou soberano. Os homens e mulheres deste país não serão esquecidos”.
Donald Trump começou o seu discurso dizendo que “Washington floresceu mas o povo não beneficiou desta riqueza. Os políticos prosperaram mas perdemos postos de trabalho. O poder estabelecido protegia-se a si próprio mas não protegia o país”.
Sob o olhar atento de uma multidão dividida entre o fervor dos apoiantes e os receios dos críticos, Donald Trump prometeu acabar com o establishment nos Estados Unidos “com trabalho americano e materiais americanos”. Para tal, Trump apresenta “duas pequenas regras: comprar americano, contratar americano”.
“Temos que proteger as fronteiras dos que destroem o nosso país”, reiterou Donald Trump. “Por ano, triliões de dólares voam para fora das nossas fronteiras. À custa disso, tornámos outros países ricos”, defende.
Recorrendo à célebre frase do nativista e isolacionista da Segunda Guerra Mundial Charles Lindbergh, a “América primeiro”, o multimilionário prometeu ainda trazer de volta a segurança, a qualidade do sistema educativo, e acabar com a pobreza e as fábricas abandonadas no país.
No que toca à política externa, o magnata nova-iorquino compromete-se a “unir o mundo contra o terrorismo islâmico radical, que vamos erradicar da face do mundo”. Avança ainda que serão feitas “novas alianças” e que serão “reforçadas algumas das antigas”.
“Juntos vamos desenhar um novo rumo para a América. Quando a América se une é imparável. Não tenham receio, somos protegidos e seremos sempre protegidos pelos muitos homens e mulheres das nossas forças armadas e, sobretudo, seremos protegidos por Deus”, concluiu o 45º presidente.
O discurso demorou, como previsto, um pouco menos do que 20 minutos. Antes disso, Donald Trump prestou juramento sob duas Bíblias – uma sua que guarda desde criança, outra que pertenceu ao presidente Abraham Lincoln. Depois disso, foi saudado com 21 tiros de canhão e pela banda da Marinha.
Segundo fontes oficiais estarão presentes na cerimónia entre 800 mil a 900 mil pessoas, para assistirem aos festejos associados ou participar em várias ações de protesto previstas.