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Prevalência da Ómicron pode chegar aos 50% no Natal e 80% no Ano Novo

A informação foi divulgada pela ministra da Saúde, Marta Temido, em conferência de imprensa esta sexta-feira, na qual apelou ao uso de máscara, a realização de mais testes e mais vacinação.
  • António Cotrim / Lusa
17 Dezembro 2021, 11h06

A prevalência da variante Ómicron em Portugal pode chegar aos 50% no Natal e 80% no Ano Novo. A informação foi divulgada por Marta Temido, numa conferência de imprensa realizada esta sexta-feira, 17 de dezembro, na qual fez um ponto de situação sobre esta variante no país.

“Sabemos que esta variante é mais transmissível que a variante Delta que é a variação predominante até à data. Com uma duplicação de casos de um a dois dias na África do Sul e de dois a três dias na Dinamarca e Reino Unido. Em Portugal estamos a estimar um tempo de duplicação de dois dias”, referiu a ministra da Saúde.

Marta Temido acrescentou que há uma aparente diminuição da efetividade das vacinas após o esquema primário de vacinação causada pela variante Ómicron, sendo a mesma efetividade contra a infeção sintomática após a dose de reforço estimada em 75%.

A ministra mostrou-se preocupada com a incidência que esta variante tem tido em outros países. “Quando olhamos para as curvas de incidência do Reino Unido e Dinamarca, que o tradicional formato de evolução é substituído por um arranha-céus de casos. É esse aspeto e a incerteza que daí decorre que nos preocupa e que com transparência importa transmitir e partilhar”, realçou.

Marta Temido alertou que os próximos dias vão ser decisivos para se perceber o impacto desta nova variante, mas o que já sabemos leva-nos a dizer que “a variante se transmite mais, cada um de nós tem de naturalmente fazer mais. Mais uso de máscara, mais testes, mais vacinação, mais controlo de fronteiras”.

“O Ministério da Saúde e o Governo têm estado a acompanhar a situação com os diversos peritos. No início da próxima semana teremos mais dados que partilharemos com a ajuda de todos. Este é novamente um momento difícil em que somos postos à prova. Precisamos de repetir as lições aprendidas”, salientou Marta Temido.

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