Previsões não são vacas sagradas, diz Passos sobre descida de desemprego

O primeiro-ministro disse hoje estar satisfeito pelo facto do desemprego estar efetivamente a baixar, considerando que estes números significam que as previsões “não são vacas sagradas” tendo pedido às instituições europeias que aproximem as futuras da realidade observada. Pedro Passos Coelho discursava durante uma visita à empresa Granorte, em Santa Maria da Feira, comentando os […]

O primeiro-ministro disse hoje estar satisfeito pelo facto do desemprego estar efetivamente a baixar, considerando que estes números significam que as previsões “não são vacas sagradas” tendo pedido às instituições europeias que aproximem as futuras da realidade observada.

Pedro Passos Coelho discursava durante uma visita à empresa Granorte, em Santa Maria da Feira, comentando os números anunciados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística, tendo afirmado que só pode “ficar satisfeito pelo facto do desemprego estar efetivamente a baixar e o emprego estar efetivamente a subir”.

“Os resultados que agora estamos a registar ficaram bastante melhores do que aquilo que eram as previsões. As previsões são muito importantes quando nós definimos as orientações da política económica mas as previsões não são factos, não são vacas sagradas”, frisou.

O primeiro-ministro recordou que quer o Fundo Monetário Internacional (FMI), quer a Comissão Europeia fizeram uma previsão de uma taxa de desemprego muito superior aquela que foi observada.

“Mantemos e reforçamos as convicções das metas que traçamos para 2015. Achamos que as previsões que fizemos estão mais próximas da realidade dos factos observados em 2014 do que aquelas que foram feitas quer pela Comissão Europeia, quer pelo FMI e espero que estas duas instituições possam ir aproximando as futuras previsões daquilo que é a realidade que foi sendo observada em Portugal”, apelou.

Afirmando que preferia que a taxa fosse ainda melhor, Passos Coelho foi perentório: “não posso dizer ao país que estou preocupado pelo facto do desemprego estar a baixar”.

“Alguma coisa aconteceu de bom que fez com que em Portugal a descida do desemprego tivesse sido mais acentuada do que na generalidade dos países europeus”, defendeu.

Naquela que foi uma visão que apelidou de “cristalina” sobre os dados conhecidos, o governante afirmou que Portugal tem “consideravelmente menos desempregados” do que o que tinha há um ano atrás e uma “taxa de empregabilidade maior”.

“A taxa de desemprego baixou 2,3 pontos percentuais de um ano para o outro”, referiu.

Os dados hoje anunciados pelo INE referem que a taxa de desemprego subiu 0,4 pontos percentuais no 4.º trimestre de 2014 face ao anterior, para 13,5%, mas a taxa média anual caiu 2,3 pontos percentuais no ano passado face a 2013, para 13,9%.

OJe/Lusa

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