[weglot_switcher]

Primark estende programa de algodão sustentável ao Paquistão

Segundo esta cadeia, 4,4 milhões de pijamas de algodão da Primark fabricados com algodão de origem sustentável foram vendidos no primeiro ano desta iniciativa.
23 Setembro 2018, 14h20

A Primark decidiu expandir o seu programa de algodão sustentável ao Paquistão, um dos principais países de abastecimento desta cadeia internacional de retalho de moda.

“Um ano após o lançamento da sua primeira gama de produtos fabricados com algodão sustentável cultivado por agricultoras independentes de Gujarat, no norte da Índia, a Primark amplia o seu programa de algodão sustentável ao Paquistão, um dos principais países produtores de algodão”, garante um comunicado da Primark.

Segundo esta cadeia, 4,4 milhões de pijamas de algodão da Primark fabricados com algodão de origem sustentável foram vendidos no primeiro ano desta iniciativa.

“O ‘Sustainable Cotton Programme’ foi desenhado para dar formação a pequenos agricultores em métodos de cultura sustentável. Os agricultores são formados pela ‘CottonConnect’ nas técnicas agrícolas mais apropriadas para as suas terras, desde a seleção das sementes e a própria plantação, a gestão do solo e da água e a correta utilização de pesticidas e pragas, até à recolha, a avaliação da qualidade da fibra e a classificação e armazenamento do algodão colhido”, explica o referido comunicado.

O mesmo documento acrescenta que, “com um papel ativo desde a própria origem da cadeia de produção, esta colaboração permite à Primark monitorizar o algodão em cada uma das etapas da cadeia de abastecimento: desde a cultura, passando pela fábrica do fornecedor, até chegar às prateleiras das suas lojas”.

O ‘Primark’s Sustainable Cotton Programme’ foi lançado por primeira vez em 2013 na Índia, um dos principais países de abastecimento da Primark.

Em colaboração com os especialistas em agricultura ‘CottonConnect’ e a ‘Associação de Mulheres Trabalhadoras Independentes (SEWA, em inglês)’, “a Primark colaborou na formação de agricultoras em métodos de cultura sustentável para incrementar a sua produção de algodão e lucros”.

“Até à data, mais de seis mil agricultoras receberam ou estão a receber formação através deste programa na Índia, para além dos 20.000 agricultores (…) que se inscreveram recentemente no programa no Paquistão”, avança a Primark.

De acordo com esta cadeia retalhista, “o programa oferece formação a produtores em métodos de cultura sustentável para reduzirem o impacto no seu entorno local e melhorarem a sua qualidade de vida mediante a obtenção de maiores lucros”. sendo os agricultores são formados nas técnicas agrícolas mais apropriadas para as suas terras, desde a seleção das sementes e a própria plantação, a gestão do solo e da água e a correta utilização de pesticidas e pragas, até à recolha, a avaliação da qualidade da fibra e a classificação e armazenamento do algodão colhido.

“A repercussão do programa demonstra-se analisando os resultados do primeiro grupo de participantes, formado por 1.251 agricultoras da Índia que participaram no programa entre 2013 e 2016. Durante estes três anos, o primeiro grupo de mulheres agricultoras obteve: um aumento médio dos seus lucros de cerca de 200% e um aumento na produção de cerca de 10%;  uma descida dos custos de produção de 15,8% (graças à menor utilização de pesticidas químicos e fertilizantes, à compra colaborativa de sementes com outras agricultoras e à redução de custos adicionais de pessoal); uma redução de 24,7% da utilização de fertilizantes químicos; e uma diminuição de 50,3% na utilização de pesticidas químicos, o que indica que foram implementados métodos de cultura ambientalmente sustentáveis”, revela o referido comunicado.

A Primark assegura que um outro resultado da aplicação deste programa foi uma redução de 4% de utilização de água, “que demonstra que foram implementadas práticas de utilização eficaz de água.

Mais de 30 000 agricultores se terão adscrito ao programa até o ano 2022 para receber formação sobre novos métodos de cultura sustentável de algodão, adianta a Primark.

A cadeira retalhista assegura que, atualmente, no Reino Unido, um em cada três pijamas para mulher é comprado na Primark.

“Em agosto de 2017, a Primark anunciou a sua intenção de introduzir o algodão de origem sustentável numa das suas linhas de produtos mais populares, os pijamas para mulher, dentro da iniciativa ‘Primark Cares’. Doze meses depois, 4,4 milhões de pijamas fabricados com algodão sustentável desapareceram das prateleiras, e a Primark decidiu lançar recentemente mais de 20 novos modelos para ampliar a oferta disponível”, destaca a empresa.

Nesta nova etapa do ‘Sustainable Cotton Programme’, a Primark colabora com a ‘CottonConnect’, reconhecido especialista em agricultura, e com a ONG local REEDS (Associação para a Educação Rural e o Desenvolvimento Económico) para implementar o programa no Paquistão.

“Com 20 000 novos agricultores adscritos ao programa neste país, mais de 30 000 agricultores entre ambas as regiões de abastecimento receberão formação em métodos de cultura sustentável até o ano 2022”, acentua a Primark.

A Primark nota ainda que, “o Paquistão, com um solo fértil que cria um ambiente idóneo para o crescimento do algodão, uma indústria têxtil consolidada na região e rotas comerciais sólidas para outros mercados, é já um país de abastecimento chave para a Primark”.

“Após o sucesso do programa lançado em Gujarat em 2013, que até a data viu mais de seis mil agricultoras de algodão independentes adscritas ao programa e uma média de aumento dos lucros de quase 200% para aquelas que completaram a formação, os novos agricultores participantes do Paquistão podem esperar um aumento considerável dos seus lucros e produção”, promete a Primark.

 

“Trabalhamos há 16 anos para tentar melhorar a qualidade de vida nas populações rurais do Paquistão. É a primeira vez que nos associamos a um grande minorista de roupa num dos nossos programas. Graças à colaboração com a Primark e a CottonConnect poderemos dar apoio a milhares de agricultores e às suas famílias nas regiões de Punjab e Sindh no Paquistão”, refere Shahid Saleem, Executive Director da REEDS.

Por seu turno, Alison Ward, CEO da CottonConnect entende que “estamos muitos satisfeitos por continuarmos a trabalhar com a Primark para darmos formação a mais agricultores de algodão em métodos de cultura sustentável”, acrescentando que “vemos um enorme potencial entre a comunidade de agricultores do Paquistão e esperamos trabalhar em estreita colaboração com a REEDS para desenvolver um programa que vá ao encontro das necessidades dos produtores locais de algodão”.

Katharine Stewart, Diretora de Comércio Ético e Sustentabilidade Meio Ambiental da Primark, assegurou que “estamos muito orgulhosos do nosso Programa de Algodão Sustentável e estamos muito satisfeitos de podermos utilizar a nossa experiência na Índia para ajudarmos a formar e darmos apoio à comunidade de agricultores do Paquistão”.

“Focalizámo-nos deliberadamente em regiões que já utilizam os nossos fornecedores para podermos introduzir mais algodão cultivado com métodos de cultura sustentável na cadeia de produção o mais rapidamente possível. A nossa expansão ao Paquistão é o seguinte passo lógico para nós no caminho alcançarmos para uma rede de abastecimento exclusivamente com algodão sustentável”, advogou esta responsável.

Por fim, Paula Dumont López, Diretora Comercial da Primark, disse que na empresa “estamos comprometidos com um futuro sustentável para todos e para tudo o relacionado com a nossa companhia, portanto, desenhar estes pijamas ‘Primark Cares’, fabricados com algodão cultivado com métodos sustentáveis, foi um momento muito emocionante para nós. Conforme formos ampliando o nosso programa, queremos também ir aumentando a quantidade de algodão sustentável que utilizamos nas nossas colecções de roupa e artigos para casa”.

A Primark é uma cadeia internacional de lojas que oferece moda, produtos de beleza e de casa de qualidade, empregando de 75 mil colaboradores e operando mais de 360 lojas em onze países: República da Irlanda, Reino Unido, Espanha, Portugal, Alemanha, Países Baixos, Bélgica, Áustria, França, Estados Unidos e Itália.

 

 

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.