[weglot_switcher]

Primeiro-ministro australiano Malcolm Turnbull anuncia abandono do cargo

O primeiro-ministro australiano Malcolm Turnbull anunciou hoje que vai deixar o cargo de primeiro-ministro depois do que classificou como uma ação de “insurreição” para o derrubar como chefe do Governo.
  • AAP/Joel Carrett/via REUTERS
24 Agosto 2018, 08h28

“Fiquei impressionado por quantos dos meus colegas falaram ou votaram pela lealdade em vez de deslealdade. Os dissidentes não foram recompensados e o meu sucessor, a quem desejo o melhor, teve êxito”, afirmou durante uma conferência de imprensa em Camberra.

Turnbulll falava aos jornalistas depois do Partido Liberal ter aprovado uma mudança na liderança do partido, votando a favor da substituição de Turnbull por Scott Morrison, até aqui ministro do Tesouro.

Scott Morrison foi eleito líder do Partido Liberal australiano e, consequentemente, vai assumir funções como primeiro-ministro, substituindo Turnbull que ocupava o cargo desde setembro de 2015, anunciou o partido.

Morrison será o 30.º primeiro-ministro australiano (o quinto em apenas onze anos), confirmando a instabilidade que tem marcado nos últimos anos os dois maiores partidos, Trabalhistas e Liberais.

O atual ministro do Ambiente e Energia, Josh Frydenberg, foi eleito número dois, com ampla maioria.

“Quero agradecer ao povo australiano por tudo o que fizeram, dando-me a oportunidade de ser líder deste grande país”, disse Turnbull a conferência de imprensa em Camberra.

O ainda primeiro-ministro agradeceu à sua número dois e atual ministra dos Negócios Estrangeiros, Julie Bishop, pelo seu “grande trabalho e lealdade”.

“Penso que as pessoas ficaram chocadas com esta ação destrutiva deliberada. Havia diferenças, mas as coisas podiam ter-se resolvido”, afirmou.

Turnbull disse que continua “otimista e positivo sobre o futuro” da Austrália.

“Como uma coligação de Governo progressista fizemos importantes reformas e avanços. (…) Criámos empregos e uma economia forte”, salientou.

“Estou orgulhoso do que fizemos em várias áreas”, disse, destacando a legalização do casamento homossexual e investimentos em infraestruturas, entre outras medidas, num período de “grandes desafios”.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.