Primeiro-ministro da Etiópia reuniu-se com líderes do Tigray pela primeira vez após acordo de paz

Segundo a Ethiopian Broadcasting Corporation (EBC), naquele que foi o primeiro encontro desde a assinatura do acordo, as duas partes avaliaram “as medidas tomadas até à data sobre a implementação dos acordos de paz de Pretória e Nairobi” e discutiram questões que “necessitam de mais atenção”.

O primeiro-ministro etíope, Abyi Ahmed, e líderes do Tigray (norte) discutiram hoje, pela primeira vez, o ponto de situação do acordo de paz assinado em novembro, após um conflito sangrento que se prolongou por dois anos.

Segundo a Ethiopian Broadcasting Corporation (EBC), naquele que foi o primeiro encontro desde a assinatura do acordo, as duas partes avaliaram “as medidas tomadas até à data sobre a implementação dos acordos de paz de Pretória e Nairobi” e discutiram questões que “necessitam de mais atenção”.

O acordo de paz de 2 de novembro, assinado em Pretória, África do Sul, prevê o desarmamento das forças rebeldes, o restabelecimento da autoridade federal em Tigray e a reabertura do acesso e das comunicações à região, que tem sido cortada do mundo desde meados de 2021.

Nas fotos publicadas na página do Facebook do EBC, Abyi Ahmed surge ladeado por Getachew Reda, um porta-voz das autoridades do Tigray, e pelo general, da mesma região, Tsadkan Gebre-Tensae.

Os combates começaram em novembro de 2020, quando o primeiro-ministro etíope enviou o exército para prender os líderes do Tigray que tinham desafiado a sua autoridade durante meses e que ele acusava de atacar bases militares federais.

Desconhece-se o impacto preciso do conflito, que em grande parte se desenrolou à “porta fechada”.

O grupo de reflexão do International Crisis Group e a Amnistia Internacional (AI) descreveram-no como “um dos mais mortais do mundo”.

A guerra já deslocou mais de dois milhões de pessoas e mergulhou centenas de milhares em condições de quase fome, segundo a ONU.

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