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Primeiro-ministro da Líbia propõe eleições até final de 2019

O chefe de governo anunciou a criação de um ‘fórum líbio’ para negociar uma solução pacífica para o conflito. Este fórum será responsável pela elaboração de um plano que conduza a eleições.
16 Junho 2019, 16h34

O primeiro-ministro da Líbia, Fayez al-Sarraj, reconhecido pela ONU anunciou uma iniciativa política para pôr fim ao conflito no país que prevê a realização de eleições legislativas e presidenciais até ao fim de 2019.

O chefe do governo da Líbia anunciou numa conferência de imprensa em Tripoli – capital, sede do seu governo e alvo há dois meses de uma ofensiva liderada pelas milícias que apoiam o governo rival – a criação de um “Fórum Líbio” para negociar uma solução pacífica para o conflito.

Esse fórum será responsável por elaborar um plano que conduza à realização de legislativas e presidenciais antes do fim deste ano.

A batalha por Tripoli tem suscitado receios na comunidade internacional de uma escalada para uma guerra civil.

A Líbia vive uma situação de caos desde a revolução de 2011, que pôs fim ao regime de Muammar Kadhafi, com milícias rivais a lutarem pelo controlo do país, rico em petróleo.

O governo de unidade nacional, apoiado pela comunidade internacional, tem conseguido afirmar a sua autoridade na capital, Tripoli, mas não conseguiu sobrepor-se a um governo e parlamento rivais estabelecidos em Tobruk (leste), apoiados pela milícia do poderoso marechal Khalifa Haftar.

Sarraj afirmou que todos os líbios que “pedem uma solução pacífica e democrática” podem participar no diálogo proposto, mas que “não há nele lugar para os que procuram a tirania e a ditadura”.

O primeiro-ministro apelou às Nações Unidas (ONU) para apoiar o processo e para supervisionarem as eleições, e pediu uma investigação internacional a alegados “crimes de guerra e crimes contra a humanidade” cometidos durante a ofensiva de Haftar contra Tripoli.

A ofensiva, lançada em 04 de abril, já fez pelo menos 653 mortos, 41 deles civis, e mais de 3.500 feridos, segundo o mais recente balanço da Organização Mundial de Saúde (OMS).

 

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