Primeiros resultados da NOS espelham sucesso. Crescimento é para continuar

O presidente executivo da NOS, na apresentação dos primeiros resultados desta “nova” empresa, classifica como “exemplar” a fusão entre a ZON e a Optimus e demonstra como a empresa ultrapassou os riscos tipicamente associados a estas operações, salientando aspectos como a criação de 1500 novos empregos diretos e o ter conseguido gerar valor. “Muitos temiam […]

O presidente executivo da NOS, na apresentação dos primeiros resultados desta “nova” empresa, classifica como “exemplar” a fusão entre a ZON e a Optimus e demonstra como a empresa ultrapassou os riscos tipicamente associados a estas operações, salientando aspectos como a criação de 1500 novos empregos diretos e o ter conseguido gerar valor.

“Muitos temiam que este fosse um projeto de otimização de custos, sempre dissemos que era um projeto de crescimento. Criar emprego é algo muito significativo e que muito nos orgulha”, frisou Miguel Almeida.

Desde a concretização da fusão entre a ZON e a Optimus em finais de 2013, o presidente executivo da operadora afirmou que foi criada “uma nova cultura, de ambição e liderança” e que as equipas das duas empresas, que eram concorrentes, estão “hoje completamente integradas”.

O gestor avançou ainda que as sinergias atingidas estão “completamente em linha” com a promessa feita pela empresa: “Contabilizámos na altura [aquando da apresentação do plano estratégico, há cerca de um ano] cerca de 800 milhões de euros de valor gerado em sinergias. Estamos agora completamente em linha, algo até ligeiramente acima do planeado”, afirmou.

Em evidente ambiente de celebração pelos resultados obtidos, tempo ainda para reafirmar a confiança no potencial dos mercados africanos, nomeadamente Angola e Moçambique, garantindo ainda que o recente aprovado Orçamento de Estado angolano veio reforçar esta sua posição e aposta.

Quanto ao possível interesse em entrar na corrida pela aquisição de ativos do grupo Altice, alienação que poderá surgir fruto da operação com a PT, nomeadamente sobre a Cabovisão, Miguel Almeida garante que desconhece qualquer situação concreta neste sentido mas a NOS “como um dos principais players do mercado, está, e estará sempre atenta a estas operações”.

Resultados de sucesso

A NOS atingiu, em 2014, um resultado líquido de 74,7 milhões de euros, valor que representa um crescimento de 17,8% face ao período homólogo de 2013. No último trimestre de 2014, o Resultado Líquido aumentou para 12,3 milhões de euros, valor que compara com 13,1 milhões de euros negativos registados no período homólogo de 2013.

As receitas de exploração decresceram apenas 0,7% no quarto trimestre, com um decréscimo anual significativamente mais reduzido das receitas de telecomunicações de 0,5% para os 335,8 milhões de euros. Em 2014, as Receitas de Exploração decresceram 3% quando comparadas com o período homólogo de 2013, para 1,383 mil milhões de euros.

O EBITDA consolidado recuou 4,9% quando comparado com o período homólogo de 2013, para 510,5 milhões de euros., Considerando o contributo das operações de associadas e joint-ventures, o EBITDA atingiu 524,4 milhões de euros, ou seja, uma redução de 3% face a 2013.

O Capex Total aumentou 38,9% para 374,4 milhões de euros, estimando-se que o mesmo continue a aumentar em 2015 devido à anunciada estratégia da empresa de expandir a sua rede e crescer a sua quota de mercado.

No final de 2014, a dívida financeira líquida situou-se nos 983,5 milhões de euros, ou seja, 1,9x o EBITDA.

Sónia Bexiga

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