A procura pelos transportes coletivos urbanos continua a recuperar da pandemia e, no primeiro trimestre, o trio que envolve os Metropolitanos de Lisboa e do Porto e a Transtejo/Soflusa superou em 2% os níveis de 2019, revelou esta terça-feira o Ministério do Ambiente e da Ação Climática.
Em relação ao período homólogo de 2022, a procura no Metro de Lisboa, no Metro do Porto e na Transtejo/Soflusa cresceu 43%, de acordo com os dados provisórios do Governo, apresentados esta manhã. De facto, comparativamente ao primeiro trimestre de 2022, a procura no Metropolitano de Lisboa subiu 47%, no Metro do Porto aumentou 36% e na Transtejo/Soflusa teve um acréscimo de 33%.
No entanto, apesar da subida do número de passageiros no Metropolitano de Lisboa e na Transtejo/Soflusa – para 41,5 milhões e 4,6 milhões, respetivamente – a procura ainda está 3% e 2% abaixo da verificada em 2019, pela mesma ordem. Ou seja, no caso destes dois transportes públicos a operação ainda está a ganhar fôlego das consecutivas paragens aquando da pandemia de Covid-19.
No Metro do Porto, o número de passageiros nos primeiros três meses de 2023 superou em 16% a procura registada em 2019, sendo que nesta altura ainda não tinha sido aplicado o programa PART. Por sua vez, o número de passageiros fixou-se nos 18,7 milhões, entre janeiro e março deste ano.
No quadriénio 2019-2022, através do Programa de Apoio à Redução Tarifária nos Transportes Públicos (PART), do Programa de Apoio à Densificação e Reforço da Oferta de Transporte Público (PROTransP) e de dotações extraordinárias para manter a oferta durante a pandemia, o Ministério do Ambiente e da Ação Climática mobilizou mais de 905 milhões de euros para os transportes públicos, lembra o gabinete de Duarte Cordeiro.
Na Lei do Orçamento do Estado de 2023 ficaram inscritos 138,6 milhões de euros para o PART, aos quais acrescem mais 50 milhões de euros para manutenção dos preços de 2022 dos passes de transportes públicos 60 milhões de euros caso seja necessário garantir a oferta nos sistemas de transportes públicos abrangidos pelo PART. Já o PROTransP manteve a verba de 20 milhões de euros este ano.
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