A procuradoria francesa pediu a “absolvição pura e simples” do ex-diretor-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) Dominique Strauss-Kahn no julgamento por proxenetismo agravado, que decorre no Tribunal Correcional de Lille, no norte de França.
“Ao colocar na balança todos os elementos de acusação e de defesa, considero que nem a investigação criminal nem a audição permitiram estabelecer a prova da culpabilidade de Strauss-Kahn”, declarou o procurador de Lille, Frédéric Fèvre.
O magistrado considera que a “notoriedade” do antigo favorito socialista para a eleição presidencial de 2012 “não deve em caso algum ser uma presunção de culpabilidade”. E questionou-se: “Um homem poderoso será necessariamente culpado”?
Strauss-Kahn afirmou não saber que prostitutas participavam nas festas libertinas em que esteve presente. O antigo chefe do FMI, com 65 anos, era acusado de proxenetismo agravado e de ser o principal beneficiário e instigador de festas libertinas, podendo incorrer numa pena de 10 anos de prisão e uma multa de 1,5 milhões de euros.
OJE/Lusa