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Produção da construção poderá crescer 2,6% em 2017

Após uma quebra de 3,3% na produção do setor da construção em 2016, Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas espera uma recuperação da atividade neste ano, com uma taxa de crescimento de 2,6%.
  • Reuters
14 Fevereiro 2017, 12h43

A Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas (Fepicop) prevê a recuperação da actividade do sector da construção em 2017, depois de uma diminuição da produção do sector superior a 3% no ano passado. Previsões de crescimento económico, recuperação do investimento público e desempenho positivo do mercado de trabalho suportam expectativa da Fepicoc de crescimentos na construção residencial e na reabilitação de edifícios.

Estas perspectivas de aumento de produção da construção constam da análise de conjuntura referente a fevereiro da Fepicop, onde recorda as estimativas do Banco de Portugal a apontar para um crescimento de 1,4% do PIB em 2017, a par de um desempenho positivo do mercado de trabalho. A Federação do sector dá ainda conta da existência da “expetativa de uma sensível recuperação do investimento público”, nomeadamente em construção, com destaque para as perspetivas de “evolução positiva da Construção estendem-se a todos os segmentos”.

“Assim, em 2017 espera-se um crescimento de 3% no segmento da construção residencial, com a construção nova a crescer 1,4% em 2017 e os trabalhos de reabilitação a aumentarem 5,8%”, lê-se na nota de conjuntura da Fepicop.

Por outro lado, salienta a análise, a produção do segmento da construção não residencial deverá crescer 3,1%, uma recuperação assente na expetativa de que a componente pública da construção de edifícios não residenciais deverá beneficiar do acréscimo previsto no montante de investimento público, impulsionado pela realização de eleições autárquicas e pelo reforço da utilização de algumas das verbas inscritas no Portugal 2020.

A Fepicop destaca que a acrescentar a essa situação, também o Executivo de António Costal tem anunciado alguns programas com influência no setor da Construção, como é o caso das 200 intervenções previstas para as escolas do 2º e 3º ciclos e secundário, num montante de 320 milhões de euros, a realizar até 2020.

Já a evolução prevista para a engenharia civil aponta para um crescimento de 2% na sua produção, mantendo-se como o segmento menos dinâmico do setor da Construção, tal como aconteceu nos dois anos imediatamente anteriores. A contribuir para uma evolução positiva da produção deste segmento, os valores relativos ao investimento público na área das obras de engenharia civil e traduzidos em adjudicações de empreitadas de obras públicas apurados ao longo de 2016 refletem um crescimento de 16% face a 2015.

 

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