A produção industrial registou uma taxa de variação homóloga de 0,5% em março e um aumento de 4,6 pontos percentuais (p.p) face ao mês de fevereiro, conforme os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta terça-feira, 3 de maio.
O crescimento foi especialmente influenciado pelo agrupamento da energia, sem o qual o índice agregado teve um crescimento de 1,6% (3,1% no mês anterior). O agrupamento de bens intermédios apresentou o contributo mais influente para a variação do índice total (1,2 p.p.), originado por uma taxa de variação de 3,5% (2,7% no mês anterior), revela o INE.
Já o agrupamento de bens de consumo contribuiu com 1%, tendo abrandado de uma variação homóloga de 7,9%, em fevereiro para 3,1% no mês em análise.
Combinados, os agrupamentos de bens de investimento e de energia apresentaram contributos negativos (-0,9 p.p. cada), em resultado de taxas de variação de -6,0% e de -4,6%, com o INE a destacar a “forte recuperação da energia” que tinha contraído 32,5% em fevereiro.
“Note-se que a recuperação se deveu fundamentalmente à produção de eletricidade, seja pelo forte crescimento da eólica e térmica, seja pela recuperação da hídrica, embora mantendo-se com variação homóloga negativa”, afirma o INE.
Olhando para a variação mensal, o índice de produção industrial foi de 4,3% em fevereiro (0,8% em fevereiro), com destaque para o agrupamento de energia que deu um contributo de 4,4% para a variação do índice total, originado por uma taxa de variação de 31,0% (-13,9% no mês anterior).
No que respeita à variação trimestral, o índice agregado registou uma variação homóloga de -2,3% no primeiro trimestre de 2022 (no trimestre anterior,
a variação tinha sido -1,6%). Aqui, à semelhança da variação mensal, o agrupamento de energia apresenta o maior contributo, mas desta feita, negativo, -18,1% (-16,1% no quarto trimestre de 2021).