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Produtora norte-americana de “Django” declara falência

As negociações de reestruturação da empresa terminaram sem solução à vista para a gigantesca dívida da produtora, depois de mais de 70 mulheres terem acusado o ex-presidente, Harvey Weinstein, de assédio sexual.
26 Fevereiro 2018, 10h38

O conselho de administração do estúdio norte-americano de cinema e televisão  The Weinstein Company anunciou este fim de semana a abertura de um processo de falência, depois de os escândalos de assédio sexual envolvendo o ex-presidente e fundador da empresa Harvey Weinstein terem acabado com as possibilidades de as negociações para a reestruturação da dívida chegarem a bom porto.

Mais de 70 mulheres acusaram Harvey Weinstein de assédio sexual.

“A Weinstein Company desencadeou um processo de venda ativa na esperança de preservar ativos e alguns empregos”, anunciou o conselho de administração da empresa, em comunicado. “Hoje [domingo], as negociações terminaram sem qualquer acordo assinado”, acrescenta.

A produtora norte-americana, cuja dívida ascende a375 milhões de dólares (cerca de 305 milhões de euros), esteve perto de assinar um contrato de venda por mais de 500 milhões de dólares (quase 410 milhões de euros) a um grupo liderado por Maria Contreras-Sweet, antiga funcionária da Administração Obama.

A Weinstein Company foi lançada em outubro de 2005 e, desde então produziu filmes como “Django”, “O discurso do Rei” e “Guia para um Final Feliz”. A empresa viu o seu nome ser manchado pelas críticas de várias atrizes. Harvey Weinstein nega a prática de qualquer tipo de crime.

Ainda assim, o procurador-geral de Nova Iorque, Eric Schneiderman, deu como provada a prática de crimes de assédio sexual e má conduta e processou há cerca de duas semanas Harvey Weinstein e a empresa que ajudou a fundar, obrigando ao pagamento de avultadas indemnizações às vítimas.

 

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