Produtores de leite pedem “apoios de emergência” para colmatar prejuízos causados pela seca em Portugal

“A produção de leite em Portugal vive um momento muito difícil devido ao aumento sem precedentes do preço dos fatores de produção, nomeadamente dos combustíveis, dos alimentos para animais e dos fertilizantes. A transmissão de preço ao longo da cadeia de valor tem sido praticamente nula, pelo que a fileira leiteira tem acumulando prejuízos incomportáveis”, afirma a Fenalac em comunicado.

A Federação Nacional das Cooperativas de Produtores de Leite (Fenalac), emitiu um comunicado onde revela a situação precária do sector, atribuída principalmente a um “conjunto de decisões da administração muito penalizadoras para a sustentabilidade económica das explorações leiteiras”, ao qual se junta a situação de seca que assola neste momento todo o território nacional.

“A produção de leite em Portugal vive um momento muito difícil devido ao aumento sem precedentes do preço dos fatores de produção, nomeadamente dos combustíveis, dos alimentos para animais e dos fertilizantes. A transmissão de preço ao longo da cadeia de valor tem sido praticamente nula, pelo que a fileira leiteira tem acumulando prejuízos incomportáveis”, afirma a Fenalac em comunicado.

A federação acrescenta que o agravamento dos custos de contexto derivado de um “conjunto de decisões da administração muito penalizadoras para a sustentabilidade económica das explorações leiteiras”, referindo a aprovação da Estratégia Nacional para os Efluentes Agropecuários e Agro industriais (ENEAPAI 2030), é baseada em “cálculos e erros técnicos grosseiros”.

“Foi com espanto que assistimos à publicação de uma Portaria que regula esta estratégia no final da legislatura sem ter em conta as considerações das organizações agrícolas representativas do sector. Não resta outra solução senão requerer a suspensão imediata desta Portaria tão lesiva para o sector”, aponta a Fenelac.

Idalino Leã, presidente da federação que representa os produtores de leite, refere que os associados “são gestores ativos da paisagem e do território, e como tal, têm sempre que ser parceiros. Necessitamos de propostas de trabalho equilibradas e não de visões radicais e economicamente insustentáveis”.

“Para que os agricultores continuem a dar o seu contributo positivo à sociedade, o sector necessita de apoios de emergência que permitam compensar os prejuízos resultantes da Seca e da consequente menor disponibilidade de alimentos para animais, assim como da escalada dos preços de combustíveis”, aponta a federação.

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