[weglot_switcher]

Produtos de tabaco com menor risco valem prémio à Tabaqueira

A Tabaqueira tem investido na promoção de um produto de consumo de tabaco sem fumo lançado em Itália e no Japão em 2014 e comercializado em Portugal desde 2015.
22 Setembro 2018, 18h11

A Tabaqueira, produtora de cigarros subsidiária da Philip Morris International (PMI), foi distinguida pela Associação Portuguesa de Ética Empresarial (APEE) pelas suas práticas de sustentabilidade relacionadas com o desenvolvimento de produtos que têm em vista a redução dos malefícios decorrentes do consumo de produtos de tabaco combustíveis, anunciou a empresa.

Em comunicado, a empresa portuguesa explica que apresentou a sua candidatura “na área Saúde de Qualidade, uma das 17 categorias dos objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) das Nações Unidas”.

“Um júri independente, constituído por representantes de organizações de diversas áreas, escolhido pela APEE, distinguiu a empresa pelas suas práticas naquele domínio, reconhecendo em especial os ganhos que poderão resultar para a saúde pública da substituição do consumo dos produtos de tabaco combustíveis por produtos sem combustão”, acrescenta.

A Tabaqueira tem investido na promoção do Iqos, um produto de consumo de tabaco sem fumo lançado em Itália e no Japão em 2014 e comercializado em Portugal desde 2015.

A empresa sustenta que tem estudos independentes que comprovam que esta forma de consumo de tabaco reduz em entre 90% e 95% os componentes nocivos da combustão do tabaco.

“O problema [de saúde] surge quando se queima o tabaco – aliás, como acontece com qualquer matéria orgânica. Daí que, se eliminarmos a combustão, conseguimos eliminar em 90% os constituintes nocivos presentes no fumo”, adianta Miguel Coleta, diretor do grupo para a área da sustentabilidade, ao Jornal Económico, no quadro de uma conferência em Lisboa.

Sublinhou que o centro nevrálgico da comercialização de produtos de tabaco mais sustentáveis reside “na implementação da tecnologia em produtos menos nocivos [para a saúde]”.

Em Portugal, o produto Iqos começou a ser comercializado há três anos e Miguel Coleta diz que o a receção tem sido boa. “Portugal foi o país em que a adesão foi mais significativa, uma vez que cerca de 100 mil pessoas já utilizam” este produto, num universo de aproximadamente de dois milhões de fumadores. “Em Portugal, o Ios atinge os 3% da quota de mercado, enquanto Lisboa a percentagem sobe para 5%”.

Disrupção do modelo de negócio 

Coleta disse ao Jornal Económico que a sustentabilidade na PMI vai além de um portefólio inovador de produtos alternativos menos nocivos para a saúde. “A nossa política de sustentabilidade assenta em quatro dimensões [interdependentes] – a redução de danos associados aos produtos da PMI; a preservação do ambiente; o respeito pelas pessoas na nossa cadeia de valor; e a excelência da nossa operação”, explica.

Toda a cadeia de valor da PMI, desde a fase de prospeção e angariadores de pequenos produtores de tabaco até à produção dos produtos finais segue um modelo de negócio a que se chama ‘criação de valor partilhado’ (traduzido do inglês, shared value creation). De acordo com este modelo de negócio, que vai para além da responsabilidade social, a empresa equipara os objetivos financeiros aos objetivos de política sustentável, que se complementam.

 

 

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.