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Chumbo do descongelamento integral das carreiras: Professores ameaçam com greve

Mário Nogueira considera que os outros partidos “não estão a ter a maleabilidade suficiente para perceberem que, sem abdicarem dos seus partidos, poderiam fazer o esforço para fazer prevalecer” o que os professores consideram essencial. 
  • Foto cedida
10 Maio 2019, 12h39

O secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, avisa que caso a Assembleia da República não aprove as alterações do decreto do Governo, onde estava previsto a devolução do tempo de serviço integral aos professores, pode existir uma nova greve.

Em entrevista à RTP esta sexta-feira de manhã, antes da votação no Parlamento, o sindicalista ameaçou sobre a possibilidade de greve no caso do descongelamento integral ser chumbado.

Ainda assim, Mário Nogueira admitiu que “nenhum aluno do país será prejudicado” com a greve. A Federação Nacional de Educação (FNE) considerou que a reivindicação dos professores se deve estender a todas as carreiras especiais, que viram a progressão congelada.

Caso o decreto do Governo seja chumbado por votos do PS, PSD e CDS-PP, a Fenprof admite avançar com medidas que podem passar por uma greve ou “por um envolvimento na campanha que agora aí vem”. Até esta sexta-feira, apenas se esperam votos favoráveis do BE, PCP, PEV.

“Iremos pensar e ler exatamente o que foi aprovado, iremos reunir os nossos sindicatos da Fenprof segunda e terça-feira, na quarta-feira iremos reunir as dez organizações sindicais de professores e à tarde, pelas 18:30, anunciaremos o que faremos, com uma certeza, que só é vencido quem deixa de lutar”, sublinhou Mário Nogueira durante a entrevista.

O sindicalista esclareceu que caso não seja consagrado a contagem integral do tempo de serviço, existe uma “vitória moral”, uma vez que “fica claro que há apenas um partido que quer apagar o tempo de serviço aos professores, que é o Partido Socialista”.

No entanto, Mário Nogueira considera que os outros partidos “não estão a ter a maleabilidade suficiente para perceberem que, sem abdicarem dos seus partidos, poderiam fazer o esforço para fazer prevalecer” o que os professores consideram essencial.

Durante a entrevista, Mário Nogueira acusou o Governo de falsificar os números, sendo que “cada vez que fala diz um número diferente”, e criticou o facto de serem uma “geringonça de oportunismo”, que se encosta onde lhe dá jeito.

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