Vistos como uma ferramenta de futuro, os manuais digitais parecem estar a perder fulgor em alguns dos países que fizeram uma enorme aposta nesta digitalização do ensino, como a Suécia, Dinamarca, Reino Unido e Noruega.
O cenário é traçado esta terça-feira num artigo de análise do “Diário de Notícias” em que se conclui que apesar de esperar que mais de vinte mil alunos, do 3º ao 12º ano, de 160 escolas, estudem a partir de manuais digitais (está lançada a quarta fase deste projeto-piloto), grande parte dos especialistas consideram que estes devem apenas ser usados como complemento à aprendizagem.
Ouvido pelo “DN”, Alberto Veronesi, consultor pedagógico e professor do 1º ciclo, faz críticas acérrimas ao aumento do digital nas escolas: “A ciência mostra-nos mais desvantagens do que vantagens e, por esse motivo, estou absolutamente contra a massificação dos manuais digitais. Ignora-se a precariedade da maioria das ligações de internet existentes nas escolas que permitem que 20 turmas e 600 dispositivos estejam ligados ao mesmo tempo à internet”.