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Programa Emprego+Digital já conta com mais de 23 mil inscritos

Parceria entre o IEFP, a Estrutura de Missão Portugal Digital e a CIP abrange trabalhadores dos setores da área da indústria, como a metalurgia, a metalomecânica, vestuário, entre outros, estando previstas mais de 1.500 formações. Executivo está a trabalhar para alargar o programa a outros setores de atividade.
18 Dezembro 2020, 11h04

O programa Emprego+Digital, que visa incrementar a formação profissional dos trabalhadores na área digital, já recebeu inscrições de 23.500 trabalhadores da área da indústria. A parceria entre o Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP), a Estrutura de Missão Portugal Digital (EMPD) e a CIP – Confederação Empresarial de Portugal tem um custo superior a seis milhões de euros e o Governo já está a trabalhar na extensão do programa a outros setores da economia.

“Todo esse trabalho que foi feito permitiu-nos agora ter 22 associações empresariais e 23.500 trabalhadores que estão disponibilizados e previstos que se inscrevam e participem nesta formação que decorrerá ao longo de 2021. O que nos permite perceber que a adesão foi massiva, uma vez que o objetivo para 2021 era cerca de 25 mil trabalhadores e já temos esse número de trabalhadores com o compromisso de fazer esta formação”, diz o Secretário de Estado para a Transição Digital, André de Aragão Azevedo, ao Jornal Económico.

O responsável governativo explica que o programa apresentado esta sexta-feira resulta de “um processo dinâmico”, sustentando ser “necessário fazer um investimento constante na capacitação”, que deverá ser feita “em larga escala porque as exigências que o agente do mercado está a exigir para que as empresas mantenham a sua competitividade implica uma atualização de ofertas formativas, dos conteúdos que o nosso centro de formação estão a oferecer”.

O protocolo assinado com a CIP abrange trabalhadores dos setores da área da indústria, como a metalurgia, a metalomecânica, vestuário, calçado, cerâmica, mobiliário e terá representação na maio parte do país “para que a oferta não se cinja só às principais cidades”.

André de Aragão Azevedo explica que estão previstos módulos de 25 a 50 horas para desenvolver competências especificas, como a gestão digital de documentos, marketing digital, segurança digital, proteção de dados pessoais, possibilidade de teletrabalho, análise e gestão de dados, relacionamento com o cliente.

“Estão previstas mais de 1.500 ações de formação que estão gratuitas para o trabalhador e para a empresa. São suportadas num investimento superior a seis milhões de euros que é feito por parte do IEFP”, diz.

O Governo admite em função da receptividade do programa equacionar o alargamento ou nos próximos anos dar continuidade ao programa com a CIP, mas também alargar a outros setores.

“Este foi feito com a CIP, temos já em andamento o programa com a Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações e estamos a iniciar negociações com outra confederações para alargar a todos os setores de atividade este tipo de resposta porque temos noção que este é um desafio transversal”, aponta.

O Executivo tem a expectativa que os protocolos possam ser desenvolvidos durante o próximo ano, mas ainda não se compromete com datas. “Não se cingirá só à indústria ou só às telecomunicações e ao digital, todas as outras confederações serão também a prazo envolvidas neste esforço nacional”, conclui.

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