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Programa Revive adjudica concessão de mosteiro em Amarante

Com as últimas duas concessões, que inclui o Paço Real de Caxias, cuja concessão foi adjudicada a uma empresa do Grupo Turim Hotéis, o ‘Programa Revive’ já movimentou um investimento de 114,5 milhões de euros e rendas anuais para o Estado no valor de 2,4 milhões de euros.
  • António Cotrim/Lusa
7 Fevereiro 2020, 20h13

O Ministério da Economia decidiu adjudicar, no âmbito do programa ‘Revive’, a concessão do Mosteiro de S. Salvador de Travanca, em Amarante.

“Foi concluído mais um concurso Revive, relativo ao Mosteiro de S. Salvador de Travanca, em Amarante, tendo sido adjudicado a Jean-Claude Frederic Frajmund, de nacionalidade francesa, para a instalação de um estabelecimento hoteleiro”, explica um comunicado do Ministério da Economia.

De acordo com esse documento, “o vencedor do concurso compromete-se a pagar uma renda anual de 27.618,00 euros, para a instalação de um estabelecimento hoteleiro de quatro estrelas, com cerca de 40 quartos”.

a abertura está prevista para o início de 2023 e o imóvel será concessionado durante 50 anos para exploração para fins turísticos.

“Situado no fundo de um vale e envolvido por inúmeras quintas características da região norte do país, o mosteiro integra uma das mais belas torres medievais portuguesas e faz parte do percurso cultural da ‘Rota do Românico'”, destaca o referido documento, acrescentando que “o projeto turístico deverá aliar a história do imóvel e o ambiente medieval, ao conforto e sofisticação da modernidade, com uma componente de saúde e bem-estar”.

De acordo com o Ministério da Economia, “este é um dos 33 imóveis incluídos na primeira fase do Revive, um programa conjunto dos Ministérios da Economia, Cultura e Finanças com a colaboração das autarquias locais”.

“Pretende-se com este programa valorizar e recuperar o património sem uso, reforçar a atratividade dos destinos regionais e o desenvolvimento de várias regiões do país. Em 2019, foi já lançada a segunda edição do Revive, com a integração de 16 novos imóveis. O programa integra atualmente um total de 49 imóveis, dos quais 21 se localizam em territórios do interior”, assinalo o referido comunicado.

O Ministério da Economia destaca ainda que “este imóvel é o 13.º a ser adjudicado no âmbito do ‘Programa Revive’, o qual representa já um total de 114,5 milhões de euros de investimento na recuperação de património público e cerca de 2,4 milhões de euros em rendas anuais”.

O ministério liderado por Pedro Siza Vieira recorda que, atualmente, estão abertos os concursos para a concessão do Palacete dos Condes Dias Garcia, em São João da Madeira; da Quinta do Paço de Valverde, em Évora; e do Forte da Barra de Aveiro, em Ílhavo.

Antes do Mosteiro de S. Salvador de Travanca, em Amarante, o ‘Programa Revive’ havia concluído o concurso de concessão  do Paço Real de Caxias, um projeto que foi adjudicado a uma empresa do Grupo Hotéis Turim.

“A reabilitação do Paço Real de Caxias vai ser realizada pela IMOBIMACUS, Sociedade Administradora de Imóveis, SA, do Grupo Hotéis Turim, no âmbito da 12.ª adjudicação do Programa Revive.  O valor anual da renda a pagar pela adjudicatária ascende a 216 mil euros”, exclicaou o Minisrtéiro da Economia na altura.

Segundo esse comunicado, “a IMOBIMACUS já apresentou os documentos de habilitação, que foram aceites pela entidade adjudicante (Turismo de Portugal), estando agora reunidas as condições para ser assinado o contrato de concessão dos edifícios”.

O Ministério da Economia destacava ainda que “o Paço Real de Caxias, situado em Oeiras, possui uma localização excecional, em frente à linha de costa”.

“O Paço foi construído em meados do século XVII, por iniciativa do Infante D. Francisco de Bragança, e veio a ser concluído pelo futuro rei D. Pedro V, que o utilizou como residência de férias da família real. Inicialmente incluía a quinta, os jardins geométricos de influência francesa, inspirados nos jardins do Palácio de Versalhes, e a cascata da segunda metade do século XVIII. Destacam-se ainda diversas esculturas nos jardins, os tetos pintados e os azulejos azuis e brancos na fachada do edifício principal”, adiantava o documento em questão.

De acordo com o Ministério da Economia, a área bruta total de construção é cerca de cerca 5.817 metros quadrados, que permitirá a instalação de um hotel com cerca de 120 quartos neste local classificado com Imóvel de Interesse Público desde 1953.

 

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