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Promotora luso-australiana investe 10 milhões em projeto em Paço de Arcos

O ‘Vista do Paço’ contempla 10 moradias de tipologias T5, sendo que o valor de todos os empreendimentos são superiores a um milhão de euros. A conclusão do projeto poderá acontecer ainda no mês de abril.
9 Abril 2022, 11h30

O município de Paço de Arcos, no concelho de Oeiras vai ter um novo empreendimento de luxo graças à promotora lusa-australiana JPM Alliance que faz a sua estreia em Portugal com o projeto ‘Vista do Paço’ no qual investiu 10 milhões de euros.

No total são 10 moradias, sendo que as isoladas são de tipologia T5, com 360 m2 de área bruta tendo todas elas terraço panorâmico com vista para o mar, piscina, jardim e estacionamento privativo. Já as moradias geminadas geminadas são de tipologia T4, e têm também piscina, jardim, dois lugares de estacionamento e cerca de 308 m2 de área bruta, além de vista para o mar. O valor das 10 das moradias é superior a um milhão de euros.

A JPM Alliance foi constituída em 2013 pelo empresário australiano Jonathan Nichols e a portuguesa Patrícia Almeida, tendo como principal objetivo a construção de empreendimentos de alta qualidade (residenciais e não-residenciais) em Portugal, Myanmar, Austrália e Singapura.

Em entrevista ao Jornal Económico, Patrícia Almeida explica que a escolha por Paço de Arcos aconteceu por intermédio do arquiteto deste projeto, Afonso Almeida Fernandes. “Apresentou-nos através de um amigo comum um projeto que nós achávamos que ia de encontro ao que queríamos. Estávamos à procura de começar a construir em Portugal, comprar um terreno e fazer o nosso próprio projeto e reuniram-se as condições perfeitas para o fazer”.

Uma das características do ‘Vista do Paço’ foi a de construir as moradias com materiais produzidos em Portugal, dando assim uma maior sustentabilidade e eficiência energética ao empreendimento. “Ao nível da busca dos materiais tínhamos uma preocupação de procurar materiais locais. As pedras, as loiças sanitárias, torneiras, vidros é tudo fabricado em Portugal”, refere Afonso Almeida Fernandes, acrescentando que todas as moradias têm classe energética A+.

“A solução que encontramos para isso foram três: a climatização através de bombas de calor e ar condicionado que faz quente e frio; os painéis solares para fazer o aquecimento das águas sanitárias e o terceiro está relacionado com o revestimento das fachadas e o sistema de portadas que desenhamos para fazer a proteção solar dos envidraçados”, explica o arquiteto.

Factores que podem também amenizar os custos da construção que continuam a aumentar em Portugal. “Acho que quanto maior for a escolha por materiais portugueses, mais controlada está essa inflação. O mercado imobiliário é incerto. Quando começamos a construir não sabemos como é que o mercado vai estar ao fim de dois ou três anos”, salienta o arquiteto, realçando contudo, que existe “muita margem para a criatividade na escolha dos materiais, porque muitos ainda não tiveram subidas significativas dos preços. Se estivermos atentos ao mercado e às soluções que existem e versatilidade dos materiais portugueses, há sempre uma solução. Não estou assim tão preocupado”.

As 10 moradias já estão todas vendidas, sendo a maioria dos compradores portugueses, mas havendo espaço também para brasileiros, angolanos e norte-americanos. Patrícia Almeida assume que as maiores dificuldades apareceram no início, “por sermos uma empresa nova no mercado e deste ser o nosso primeiro projeto. Mas não tínhamos pressa em vender”.

No entanto, e com o avançar da construção, a CEO realça que “o projeto começou a falar por si próprio. Entrando dentro das casas, existem determinados pormenores que vendem a casa por si”.

Pormenores que com a pandemia ganharam maior importância para quem pensa em comprar. “Os acabamentos são sempre um lado importante. Estas moradias não são para um cliente final, mas sim promoção e venda, as escolhas e opções têm de ser consensuais. O projeto em si foi pensado para ser o mais versátil possível”, afirma Afonso Almeida Fernandes, destacando para além da piscina e jardim, o facto de todas as casas terem um quarto no rés-do-chão que pode estar ligado a uma zona de serviços, como pode ser um quarto para acessibilidades ou escritório.

Apesar deste ser o primeiro projeto em Portugal e do foco estar na conclusão do ‘Vista do Paço’, a CEO da JPM Alliance já olha para novos horizontes. “O que temos estado a analisar é predominantemente na zona da linha de Cascais. Queremos criar espaço que permita às pessoas ter uma ótima qualidade de vida. Mas não descartamos em áreas interessantes pelo resto do país. Já vimos coisas no Porto, em Coimbra, e Évora”, sublinha.

Conclusão essa que Patrícia Almeida acredita que pode acontecer brevemente. “Estamos só a aguardar a emissão da licença da câmara municipal. As coisas têm estado a correr bem e estamos em crer que pode ser este mês”, conclui.

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