A Comissão Europeia propôs um limite máximo de 30 dias para pagamentos de faturas, entre um conjunto de medidas que visam auxiliar as Pequenas e Médias Empresas (PME), mas o tecido empresarial português parece estar longe de mostrar capacidade para corresponder a esta meta.
Prazos de pagamento mais alargados têm influência na falência das empresas, segundo Intrum
As empresas portuguesas, por exemplo, pagam aos seus fornecedores cada vez mais tarde, face aos prazos estabelecidos. Um estudo da Intrum, intitulado “European Payment Report” (ERP), realizado anualmente, chegou este ano à conclusão de que 34% pagam mais tarde do que aceitariam receber dos seus clientes, o que significa um aumento substancial face aos 23% observados em 2022.
Simultaneamente, são muitas as empresas portuguesas que revelam que os atrasos dos pagamentos dos clientes afetam os seus negócios em quase todas as áreas, com 36% a reconhecerem que o crescimento da empresa fica impedido. A média europeia, neste capítulo, é de 30%.
Ainda assim, só 45% das empresas portugueses refere que está a tomar medidas para assegurar os pagamentos a tempo aos seus fornecedores, para um total de 56% na média europeia.
No caso do sector público, o atraso nos pagamentos aumentou em 17 dias, para um total de 70 em 2023 (53 no ano anterior).