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PRR aprova oito projetos de inovação empresarial envolvendo o IPLeiria num investimento total de 974 milhões

Os projetos incidem nas indústrias e tecnologias de produção e tecnologias transversais, saúde, bem-estar e território e envolvem empresas como Vista Alegre Atlantis, Volkswagen Autoeuropa, Solancis e Colep Packing Portugal, entre outras.
23 Julho 2022, 14h52

O Politécnico de Leiria foi copromotor de 11 Agendas Mobilizadoras para a Inovação Empresarial, das quais oito receberam recomendação favorável para financiamento no âmbito da Componente 5 – Capitalização e Inovação Empresarial, integrada na Dimensão Resiliência do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

A instituição liderada por Rui Pedrosa (na foto), revela que, na totalidade, os oito consórcios, que contam com a participação do Politécnico de Leiria e tiveram recomendação favorável, somam uma proposta de investimento total, em sede de candidatura, na ordem dos 974 milhões de euros.

Os oito consórcios/projetos aprovados, em que o Politécnico de Leiria é parceiro, são: INOV.AM – Inovação em Fabricação Aditiva; SUSTAINABLE PLASTICS – Agenda Mobilizadora para os Plásticos; Transição para a Fábrica do Futuro; EcoCerâmica e Cristal de Portugal; Embalagem do Futuro | + ECOLÓGICA + DIGITAL + INCLUSIVA; Sustainable Stone by Portugal – Valorização da Pedra Natural para um futuro digital, sustentável e qualificado; Agenda Acelerar e Transformar o Turismo; PRODUTECH R3 – Agenda Mobilizadora da Fileira das Tecnologias de Produção para a Reindustrialização.

“Estas agendas mobilizadoras serão uma grande oportunidade para acelerar a investigação e inovação com impacto ao serviço de novos e/ou melhorados processos, produtos e serviços”, afirma Rui Pedrosa, presidente do Politécnico de Leiria, salientando que para o Instituto e para as suas unidades de investigação será mais “uma grande oportunidade de colocar o conhecimento ao serviço da sociedade, em particular com empresas da região de múltiplos setores de atividade económica”.

Para o Politécnico de Leiria, adianta Rui Pedrosa, “serão, aproximadamente, 20 milhões de euros de investimento direto para atividade I&D que têm, obrigatoriamente, que transformar a competitividade da região na transformação digital, na transformação verde, na competitividade nacional e internacional das empresas e na promoção de emprego qualificado e valorização das pessoas”.

 

Os projetos e as empresas parceiras do IPLeiria

O INOV.AM, liderado pela empresa Erofio, é um programa mobilizador de Inovação em Fabricação Aditiva, constituído por empresas de vários setores de atividade e um conjunto de entidades do sistema científico nacional, visando o desenvolvimento em várias áreas de intervenção que incluem: novos materiais, processos avançados de fabricação aditiva, processos avançados de pós-produção, automação avançada e software de controlo, novos produtos, formação e capacitação de recursos humanos.

O projeto SUSTAINABLE PLASTICS pretende constituir-se como a Agenda Mobilizadora para os Plásticos Sustentáveis em Portugal, capaz de alavancar a transição do setor para uma economia circular. Surge de uma iniciativa da APIP – Associação Portuguesa da Indústria de Plásticos, liderada pela Logoplaste Innovation Lab, que pretende através desta candidatura mobilizar o sector privado juntamente com as autoridades nacionais, as universidades e os cidadãos, contribuindo desse modo para os objetivos da Economia Circular Europeia de redução das emissões de gases com efeito de estufa, maior eficiência de recursos e da criação de emprego.

O projeto Transição para a Fábrica do Futuro, com a liderança da Volkswagen Autoeuropa, surge com o objetivo de promover a criação de um modelo de Fábrica do Futuro, assente em ações capazes de dar resposta aos desafios subjacentes à transição energética e à transformação digital no setor automóvel, permitindo criar as bases para um crescimento inteligente, sustentável, inclusivo e resiliente.

Por sua vez, o EcoCerâmica e Cristal de Portugal assume-se como uma proposta integradora e transversal para os sectores da Cerâmica e do Cristal, orientada para os seus fatores críticos de competitividade e visando uma melhoria do posicionamento internacional. Liderado pela Vista Alegre Atlantis, foca-se em quatro áreas temáticas centrais – sustentabilidade energética, economia circular e simbioses industriais, transição digital e capacitação.

Liderado pela Vangest, o projeto Embalagem do Futuro propõe-se a I&D, produção/fabrico e comercialização à escala global de soluções de embalagem mais ecológicas, mais digitais e mais inclusivas, que se materializem em, pelo menos, 20 novos produtos/serviços resultantes de atividades de I&D e mais de uma dezena de novas linhas produtivas que combinam tecnologias inovadoras para a produção de embalagens sustentáveis e em novos processos a adotar na cadeia de valor do setor das Embalagens.

O consórcio Sustainable Stone by Portugal, com liderança da Solancis, pretende desenvolver e implementar um novo ecossistema de especialização, com projeção internacional, que permita a valorização eficaz do conhecimento tecnológico, concretizando os processos industriais necessários para uma transição digital e sustentável, usando, de igual forma, novos produtos, tecnologias e técnicas com um cariz marcadamente sustentável.

Já a Agenda Acelerar e Transformar o Turismo, liderada pela empresa Palminvest, propõe-se a desenvolver e implementar um conceito avançado e inovador de “Costumer Journey”, que envolverá a implementação de soluções disruptivas e inovadoras em focos selecionados ao longo de toda a experiência do turista.

Por fim, e numa liderança da empresa COLEP PACKAGING PORTUGAL, o projeto PRODUTECH R3 visa capacitar a fileira das tecnologias de produção (FTP) para explorar os significativos investimentos que a indústria vai realizar com a transição verde e digital, reduzindo a dependência tecnológica externa, aumentando o valor acrescentado gerado no país e contribuindo para uma alteração da especialização da economia portuguesa.

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