PS: Alegre adverte que viragem à direita representaria risco de morte do partido

“O PS não pode inverter o caminho atual. Uma viragem à direita representaria um risco de morte para o PS, porque o Bloco Central empobrece a democracia e o ‘centrão’, hoje, ou em qualquer lado do mundo, significa empobrecimento do sistema e a ascensão do populismo”, advertiu o ex-candidato presidencial.

Marcos Borga/Reuters

O dirigente histórico socialista Manuel Alegre afirmou hoje que uma viragem à direita representaria “um risco de morte” para o PS, que deve pedir maioria absoluta nas próximas eleições, mas mantendo a convergência de esquerda.

Estas foram as mensagens centrais deixadas por Manuel Alegre no seu discurso perante o 22º Congresso Nacional do PS, na Batalha, distrito de Leiria, em que foi muito aplaudido e em que manifestou apoio à corrente jovem mais à esquerda dos socialistas, liderada pelo secretário de Estado Pedro Nuno Santos, contra as “tentações centristas”.

“O PS não pode inverter o caminho atual. Uma viragem à direita representaria um risco de morte para o PS, porque o Bloco Central empobrece a democracia e o ‘centrão’, hoje, ou em qualquer lado do mundo, significa empobrecimento do sistema e a ascensão do populismo”, advertiu o ex-candidato presidencial.

Num discurso marcado por elogios ao Governo liderado por António Costa, Manuel Alegre defendeu que o PS “não deve ter medo de pedir a maioria absoluta” nas próximas eleições legislativas, mas qualquer que seja o resultado “deve manter a política de convergência de esquerda”.

“É preciso que fique claro que o PS é um partido da esquerda democrática e não a ala esquerda do neoliberalismo, nem a bengala da direita”, afirmou, já depois de ter considerado que a chamada “Terceira Via” que nasceu na década de 90 no Reino Unido, com Tony Blair, “foi um desastre para o socialismo e para a democracia”.

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