O presidente do PS-Madeira, Carlos Pereira, afirmou que é “absolutamente essencial”encontrar uma solução para os lesados do Banif, que diz terem sido “enganados” pelo banco e também pelo Estado, o dirigente falava após o encontro com o presidente da Associação de Lesados do Banif (Alboa), Jacinto Silva.
“O PS/Madeira considera que é absolutamente essencial que haja uma solução o mais rápido possível para todas aquelas pessoas que foram enganadas pela instituição bancária e também pela forma como o Estado se posicionou sobre esta matéria”, disse Carlos Pereira, reforçando que “houve erros graves, irresponsabilidade e falta de competência”.
O líder partidário garantiu que o partido “está do lado daqueles que foram aldrabados pela banca e de alguma forma pelo Estado”. Carlos Costa frisou ainda a importância de todos os partidos envolver-se neste assunto.
Esta reunião entre o líder do PS/Madeira e o presidente da Alboa ocorreu menos de 24 horas depois de o primeiro-ministro, António Costa, ter declarado que há “vontade política” do Governo em resolver a situação, mas frisou que nada pode ser feito antes de receber indicações da Comissão de Mercados e Valores Mobiliários (CMVM) e da Assembleia da República, que estão a analisar a situação.
Entretanto, o PSD/Madeira emitiu um comunicado em que afirma que as as declarações de António Costa evidenciam que o Governo socialista “não cumpre” as suas promessas.
“O PS perdeu a oportunidade, na semana passada, de aprovar na totalidade as propostas de alteração que os deputados do PSD/Madeira apresentaram para garantir a total aplicação dos investidores não-qualificados do Banif na lei que regula os fundos de recuperação de créditos”, refere a nota de imprensa, assinada por Rui Abreu, secretário-geral do PSD.
Estas propostas de alteração à legislação do PSD, CDS e BE, enquadra a solução para o papel comercial, e que poderiam alargar o âmbito desta a outros lesados, nomeadamente emigrantes, foram chumbadas na votação parlamentar na especialidade a 14 de julho.
Recorde-se que o Santander Totta adquiriu o Banif por 150 milhões de euros em dezembro de 2015, na sequência de uma resolução do Governo da República e do Banco de Portugal, através da qual foi criada a sociedade-veículo Oitante, para onde foi transferida a atividade bancária que o comprador não adquiriu.
No decorrer deste processo, cerca de 3.500 obrigacionistas subordinados, em grande parte da Região Autónoma da Madeira, perderam cerca de 260 milhões de euros.
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