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PS/Madeira acusa Governo Regional de estar “alheado da realidade”

O líder do PS/Madeira acusou este sábado o Governo Regional e os partidos que o compõem o executivo insular (PSD e CDS) de estarem “alheados da realidade” e dos problemas dos madeirenses porque estão “fechados nos gabinetes”.
1 Outubro 2022, 21h14

“Temos de sair dos gabinetes, temos de falar com as pessoas, perceber quais são os problemas reais, para definirmos soluções concretas”, declarou Sérgio Gonçalves, no dia em que o PS/Madeira deu início à iniciativa denominada ‘Saber Ouvir’.

Na opinião do presidente dos socialistas madeirenses, “o Governo Regional e os partidos que o sustentam estão fechados nos gabinetes e alheados da realidade”.

O responsável salientou que quando se assiste a um “aumento brutal do custo de vida e de uma inflação como não víamos há 30 anos”, a Madeira tem “um Governo Regional com uma receita extraordinária de IVA de 87 milhões de euros e que não implementa medidas para devolver rendimentos às pessoas ou para baixar o custo dos bens e dos serviços que consumem”.

“Temos de usar a autonomia que temos para reduzir o preço dos bens e dos serviços que consumimos”, sublinhou, sustentando ser urgente aplicar o diferencial fiscal de 30% em todos os escalões de IRS, para, de forma, imediata, devolver rendimentos às famílias para que possam fazer face ao aumento do custo de vida.

O líder socialista também defendeu ser necessário criar incentivos ao arrendamento e à aquisição de habitação própria, visto ser um problema que afeta “jovens e a classe média, que está impedida de aceder ao mercado, dados os preços que se praticam”.

A dificuldade no acesso à saúde, o aumento e falta de transparência na gestão das listas de espera, a relutância do governo madeirense no que diz respeito à implementação de tempos máximos de resposta garantidos, medida que já existe em todo o território nacional foram outras situações que mencionou.

Sobre a iniciativa Saber ouvir, realçou que “marca uma nova forma de fazer política” que visa “auscultar os madeirenses e os porto-santenses acerca dos seus problemas e anseios, de modo a encontrar as melhores soluções para o futuro da Região”.

Sérgio Gonçalves apontou que este evento é “um movimento inédito na Madeira, que pretende ouvir as pessoas não só frente a frente, como também em formatos diferente”.

“Teremos aplicações e plataformas digitais onde os madeirenses poderão dar contributos e sugestões, participando na construção daquele que é um programa eleitoral inovador, que queremos que seja o Programa de Governo onde os madeirenses se revejam”, explicou.

Hoje foram abordados temas como o custo de vida, a fiscalidade, os baixos salários, a falta de diversificação da economia, a habitação, a educação, as questões sociais, a saúde, a emigração, os desafios da juventude e o despovoamento da costa norte.

“Auscultar a sociedade civil é absolutamente prioritário”, concluiu Sérgio Gonçalves.

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