O deputado socialista Paulo Trigo Pereira advertiu que se a execução orçamental do último trimestre deste ano for igual à do mesmo período de 2014, o défice ficará em 3,1%, perspetiva totalmente rejeitada pelo PSD.

“A saída ou não do procedimento dos défices excessivos, que almejamos, depende do comportamento deste último trimestre, do qual dois meses são ainda da responsabilidade do anterior executivo e apenas o último do atual Governo”, defendeu o economista e deputado independente do PS na sua intervenção em plenário.

De acordo com o professor universitário, “se a execução orçamental deste último trimestre for igual à do ano passado (défice de 1,9%), teremos um défice excessivo de 3,1%”.

“O PS reconhece a importância de se evitar um défice excessivo já em 2015, tem vontade política de o alcançar e tudo fará para o conseguir. Porém, há que reconhecer que representa enorme exigência de consolidação orçamental neste último mês, a exiguidade de tempo e de soluções que o Governo tem para alcançar”, justificou.

O dirigente da bancada do PSD António Leitão Amaro contrariou em absoluto esta interpretação dos mais recentes indicadores macroeconómicos nacionais, sustentando mesmo que, tanto a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), como o Banco de Portugal, “concluem que Portugal vai ter no final do ano um défice inferior a três por cento”.

OJE