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PS quer mais soberania para a Madeira na produção alimentar

Para Rui Caetano, as crises energéticas, pandémica, e, mais recentemente, da guerra na Ucrânia, lembram uma “dura realidade que o desafio da soberania alimentar é atual”, lembrando que a Ucrânia e a Rússia são dos maiores produtores de produtos agrícolas do mundo. “A Ucrânia é dos maiores produtores de cereais do mundo e a  Russia é o maior produtor do mineral potássio, dos mais usados na agricultura”.
10 Março 2022, 11h06

O líder parlamentar do PS, Rui Caetano, alertou para a importância de a Madeira poder alcançar uma maior soberania alimentar, com vista a poder ser reforçada a resiliência da região face a eventuais crises.

Rui Caetano interviu na reunião da Assembleia da Madeira de quinta-feira, 10 de março, urgindo que na Madeira haja mais investimento “na adoção de políticas públicas que tornem a região mais independente do exterior, mais segura e competitiva, mais autónoma e resistente a crises”.

Para o deputado, as crises energéticas, pandémica, e, mais recentemente, da guerra na Ucrânia, lembram uma “dura realidade que o desafio da soberania alimentar é atual”, recordando que a Ucrânia e a Rússia são dos maiores produtores de produtos agrícolas do mundo. “A Ucrânia é dos maiores produtores de cereais do mundo e a Russia é o maior produtor do mineral potássio, dos mais usados na agricultura”.

“É necessário redefinir estratégias nestes setores de produção primaria, para diversificar a economia, e depender menos de um número reduzido de setores vulneráveis”, urgiu Rui Caetano.

Deste modo, Rui Caetano considera que deveriam ser alocadas mais verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para a produção alimentar. “A aposta na transição digital, na educação e na saúde são apostas certas”, reconhece o deputado socialista, contudo, critica o facto de “milhões e milhões de euros do PRR estejam apenas no setor de administração pública”.

“Existe todo um território abandonado que poderia ser produtivo”, lembrou Rui Caetano, algo que, a seu ver, poderia contrariar o despovoamento, desemprego, prevenir incêndios, e mitigar eventuais crises energéticas. Também o poder de compra dos madeirenses seria mais salvaguardado com um maior investimento na produção local, considera o socialista.

Rui Caetano reconhece que “não podemos ter a pretensão da autossuficiência [alimentar]”, tendo em conta os limites do território da Madeira, contudo “existe ainda tanto por fazer neste setor”, lembra.

 

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