PSA Peugeot Citroen de Mangualde admite ter lançado plano de saídas voluntárias

A PSA Peugeot Citroën de Mangualde admite ter lançado um plano de saídas voluntárias, no âmbito de um “plano de produtividade e racionalização de custos”. Num comunicado enviado à agência Lusa, refere que, “tendo em vista um posicionamento competitivo no seio do grupo PSA que lhe permita ganhar a atribuição de novos veículos que substituam […]

A PSA Peugeot Citroën de Mangualde admite ter lançado um plano de saídas voluntárias, no âmbito de um “plano de produtividade e racionalização de custos”.

Num comunicado enviado à agência Lusa, refere que, “tendo em vista um posicionamento competitivo no seio do grupo PSA que lhe permita ganhar a atribuição de novos veículos que substituam os atuais modelos quando chegarem ao fim do seu ciclo de vida, tem em desenvolvimento, à semelhança de outras fábricas na Europa, um plano de produtividade e racionalização de custos” que prevê “uma diminuição gradual de efetivos”.

“Para esse efeito, lançou um plano de saídas voluntárias que está a decorrer e, por isso, de momento, não estão quantificadas”, acrescenta.

A rádio TSF avançou hoje que, “seis meses depois do último despedimento, a fábrica do grupo PSA, em Mangualde, que produz automóveis para a Peugeot e Citroën, vai voltar a dispensar, em breve, trabalhadores”, referindo que em causa estão 80 postos de trabalho dos dois turnos existentes.

No comunicado, a PSA garante estar “a trabalhar ativamente no sentido de aumentar o número de fornecedores nacionais e, também por essa via, diminuir custos e contribuir para a criação de emprego indireto e para aumentar a criação de valor nacional”.

“A PSA de Mangualde está instalada em Portugal há 52 anos e tudo fará para continuar a defender a sua longevidade”, sublinha.

A Lusa tentou, sem sucesso, contactar membros da Comissão de Trabalhadores da PSA Peugeot Citroën de Mangualde.

Em novembro do ano passado, o diretor-geral da fábrica de Mangualde, Hamid Mezaib, falou aos jornalistas da intenção de aumentar o número de fornecedores nacionais (que representavam então cerca de 7% do total) em futuros projetos.

“O que queremos é integrar muito mais fornecedores para poder melhorar, por exemplo, os nossos custos logísticos e também aproveitar o ‘know how’ do país para ter melhor rentabilidade das nossas peças”, explicou, no final de uma visita à fábrica.

Hamid Mezaib defendeu ainda que, para aumentar a competitividade da fábrica de Mangualde, era importante encontrar uma solução para reduzir os custos energéticos (mais elevados do que em França).

Em 2014, a PSA de Mangualde produziu 53.510 Citroën Berlingo e Peugeot Partner, menos 5,6% do que em 2013.

Este centro de produção terminou o ano com 800 funcionários, mas o nível de emprego médio foi de 960 pessoas.

No final de julho do ano passado, tinha sido suprimido o terceiro turno de laboração, o que levou à redução de 280 postos de trabalho, devido ao ajustamento da atividade produtiva.

Quando foi anunciado o relançamento do terceiro turno, em fevereiro de 2013, para funcionar a partir de abril desse ano, estava previsto que duraria um período mínimo de nove meses, tendo acabado por se estender por 16 meses.

O lançamento desse turno em Mangualde resultou, segundo a empresa, do facto de a fábrica de Vigo do Grupo PSA registar naquela altura uma produção excecional e temporária, inerente à fase de lançamento dos modelos Citroën C-Elysée e Peugeot 301”.

Por isso, foi transferida para Mangualde a produção “de alguns volumes dos modelos Citroën Berlingo e Peugeot Partner”.

OJE/Lusa

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